A criação do vírus de espionagem Flame e sua recém-descoberta difusão em
países como Israel, Irã, Síria e Egito foram bancadas por governos,
disse a empresa de segurança digital Kaspersky Labs à BBC.
A inciativa foi considerada "uma das ameaças mais complexas já
descobertas" e já teria atingido mais de 600 alvos naqueles países,
entre computadores pessoais e sistemas governamentais e comerciais.
Representada por seu especialista sênior em ameaças virtuais, Vitaly
Kamluk, a Kaspersky afirmou à rede britânica que o Flame, que teve sua
primeira atividade registrada em 2010, coleta informações como capturas
de tela, tráfego de rede, conversas em áudio e teclas pressionadas.
"É basicamente um aspirador industrial de informações-chave", disse Kamluk.
O especialista diz que há três personagens principais na criação de um
código malicioso: criminosos virtuais, hackers ativistas e governos.
Por conta da sofisticação, do tamanho e da disposição geográfica dos
alvos do ataque em questão, Kamluk disse que "não restam dúvidas" sobre a
existência de um agente governamental por trás da criação do Flame.
O mesmo tipo de vírus, que tem como objetivo espionagem direcionada, já foi utilizado contra a infraestrutura nuclear do Irã, com código malicioso que foi chamado de Stuxnet.
Por ser um "toolkit", conjunto de pequenos programas, o Flame é mais
difícil de ser estudado que ameaças comuns, disse Kamluk --e pode levar
anos para ser completamente desvendado.
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