sexta-feira, 25 de maio de 2012

Novo software pode ajudar a encontrar crianças desaparecidas em SP

A Polícia Civil de São Paulo apresentou nesta sexta-feira um novo programa de computação que pode ajudar a diminuir o número de crianças desaparecidas no Estado.
O programa utiliza fotografias convencionas e desenha rostos em 3D de alta definição. Técnicas de estudos de hereditariedade e a comparação com parentes da vítima permitem fazer uma projeção de como o rosto da criança muda de acordo com o tempo.
"Entre as crianças que desaparecem, 5% são adotadas e por isso não podemos usar o DNA para ajudar nas buscas. A foto continua sendo uma ferramenta fundamental, por isso, precisamos de imagens atualizadas", afirmou Linamara Rizzo Battistella, secretária dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
De janeiro a abril deste ano, 3.529 crianças e adolescentes desapareceram no Estado. Deste total, 2.766 (78%) foram reencontrados.
Segundo o governo, o programa vai manter o banco de crianças desaparecidas atualizado mesmo que as imagens sejam antigas.
O novo software foi apresentado no lançamento do programa "São Paulo em Busca das Crianças e dos Adolescentes Desaparecidos", que também foi marcado pela criação do Dia Estadual da Criança Desaparecida. A data faz referência ao caso Etan Patz, garoto de seis anos que desapareceu no dia 25 de maio de 1979 em Nova York a caminho da escola, e nunca foi encontrado.
Também hoje foi criada a Comissão Permanente da Criança e Adolescente Desaparecidos, envolvendo as secretarias da Segurança Pública, Justiça, Pessoas com Deficiência, Desenvolvimento Social, Educação e Saúde.
A primeira iniciativa da comissão é uma campanha de conscientização com cartazes que serão colocados em estações de metrô e trem, delegacias, escolas etc. O objetivo é informar a população como agir quando uma criança conhecida desaparece.
A campanha tenta esclarecer alguns mitos, como a suposta necessidade de esperar 24 horas para avisar a polícia sobre um desaparecimento. A recomendação é denunciar, pessoalmente ou pelo telefone 190, no momento em que se nota o desaparecimento.
Em todas as escolas estaduais, do ensino básico ao técnico, as aulas de hoje começaram com a leitura de materiais da campanha.

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