Smartphones são geralmente bem mais caros do que celulares simples, mas 
há aplicativos que ajudam a compensar esse investimento, diminuindo as 
despesas com ligações e SMS.
Quem passa a maior parte do tempo sob boa conexão à internet pode poupar
 dinheiro escolhendo planos mais modestos de operadoras de telefonia e 
usando serviços de VoIP (transmissão de voz via internet) e mensageiros 
instantâneos para substituir as chamadas convencionais e os SMS.
"Sem o VoIP, as minhas despesas seriam de 300% a 500% maiores", afirma o
 arte-finalista Denis Gomes Franco, 29, que usa créditos do Skype, um 
dos mais conhecidos serviços de VoIP, em seu HTC HD7, especialmente para
 fazer ligações interurbanas.
Como as chamadas de VoIP passam pelos servidores da empresa do 
aplicativo e dependem da conexão à internet do usuário, intermitências 
são comuns.
"Mas o baixo custo das ligações ainda faz com que essa opção seja atraente para quem fala bastante", diz Denis.
O empresário Victor Finkelstein, 49, usa cinco aplicativos diferentes em
 seu iPhone 4S para poupar em contas telefônicas: o Voxer e o Viber, que
 são gratuitos mas permitem conversas de voz só entre usuários, o 
iMessage e o WhatsApp, que servem para mandar mensagens de graça também 
entre usuários, e o O2C, aplicativo voltado a empresas que faz ligações 
para fixos e celulares, pagas por sistema de créditos.
Finkelstein diz que gasta pouco mais de R$ 10 por mês para fazer 
ligações internacionais. Toda semana, ele fala com familiares na Europa.
 Além disso, tem contatos profissionais nos Estados Unidos e na 
Tailândia.
"Se eu tivesse que fazer chamadas convencionais pelo celular, gastaria 
no mínimo R$ 100 por mês só com essas ligações", afirma o empresário. 
Recentemente, ele aumentou a velocidade de seu plano de dados 3G para 
evitar engasgos em chamadas fora de redes Wi-Fi.
As deficiências das redes 3G são um empecilho forte à disseminação mais 
maciça do VoIP em smartphones. Talmon Marco, executivo-chefe do Viber 
--que tem cerca de 50 milhões de usuários no mundo e 2 milhões no 
Brasil--, fala resignado sobre o problema.
"Nos esforçamos muito para melhorar a qualidade do som em conexões 3G 
mais modestas. Mas, no fim das contas, se a conexão falha por dez 
segundos, não vai haver voz por dez segundos."
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