Três meses depois do lançamento do domínio "pornográfico" .xxx, já foram
abertos dez processos contra o registro de sites nesse segmento com o
nome de empresas e pessoas respeitáveis, afirmaram pessoas
familiarizadas com o assunto na segunda-feira.
Fontes na Ompi (Organização Mundial de Propriedade Intelectual)
reportaram que entre as queixas quanto ao domínio .xxx estão reclamações
de bancos, de uma joalheria e de um site de varejo on-line.
Uma das queixas individuais, contra um site chamado femjoy.xxx, foi
apresentada por uma pessoa chamada George Streit, de acordo com a Ompi.
Mas as fontes não souberam dizer se a pessoa em questão era o cantor
country norte-americano George Strait. Representantes da organização não
confirmaram se a diferença na ortografia era resultado de um erro de
digitação.
O diretor-geral da Ompi, reportou que os casos de pirataria de nomes de
domínio subiram em 2,5% no ano passado, envolvendo o recorde de 4.781
sites. Cerca de 90% dos processos foram resolvidos a favor dos
queixosos.
Muitas personalidades, entre elas o ator Tom Cruise e o jogador de
futebol Wayne Rooney, e grandes empresas, como o Barclays Bank e a
Nestlé, saíram vitoriosas das queixas apresentadas à Ompi no passado.
Mas eram casos contra proprietários de sites registrados sob domínios já
antigos e estabelecidos, tais como .com, .int e .org, ou que usavam
sufixos geográficos, tais como .fr, para sites franceses.
Os piratas de endereços muitas vezes registram um nome de domínio na
esperança de vendê-lo aos proprietários reais da marca. Também usam
sites enganosos para atrair internautas para produtos e serviços.
O domínio .xxx entrou em operação em 6 de dezembro de 2011, depois de
anos de debate na Icann (Internet Corporation for Assigned Names and
Numbers) sobre como controlar a ampla difusão de pornografia na rede e
tornar o sistema mais administrável.
Os defensores de um domínio especial argumentavam que ele permitiria que
pais e empregadores controlassem mais o acesso a esses sites,
bloqueando o domínio .xxx como um todo, e não sites separados.
Os críticos alegavam que os sites pornográficos registrariam novos domínios .xxx mas manteriam também os domínios .com e afins.
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