Cerca de 40% dos matriculados no primeiro curso a distância da USP foram eliminados no semestre inicial de aulas devido à baixa frequência. Os dados são da própria coordenação da carreira.
Por volta de 30% dos alunos da licenciatura semipresencial em ciências quase não tiveram contato com as atividades (menos de 10% de frequência). Outros 10% não chegaram ao mínimo de 70% de presença. Mas, dos que participaram das atividades, 75% passaram sem recuperação.
Iniciado em outubro passado, o curso tem 360 vagas e mescla atividades pela internet com aulas presenciais. É uma das apostas da USP para captar mais alunos.
"Fiquei surpreso com o número de alunos que nem chegou a entender como o curso funciona", afirmou à Folha o coordenador da licenciatura, Gil da Costa Marques.
Algumas das hipóteses do coordenador é que os desistentes se assustaram com o volume exigido de estudos, com a quantidade de atividades presenciais (realizadas todos os sábados) ou perceberam que teriam dificuldades com as ferramentas on-line do curso.
"Por outro lado, os que se interessaram tiveram ótimo aproveitamento. Mas, claro, precisamos de ajustes."
No próximo vestibular, cujas inscrições começam amanhã (26), um aluno da capital não poderá ter como segunda opção um curso no interior e vice-versa. A avaliação é que, para fugir da concorrência, paulistanos optaram por polos no interior.
A desistência no curso da USP está acima da média do censo 2009 da Associação Brasileira de Educação a Distância, que ficou em 14% em 129 instituições.
Estudantes elogiaram o conteúdo das aulas. Criticaram, porém, como isso é passado. "É muito rápido. Fica difícil entender, principalmente matérias de exatas", disse Gilmar Montanari, 31.
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