quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sony, Hitachi e Toshiba farão juntas telas de LCD

Sony, Toshiba e Hitachi vão fundir suas operações de produção de telas de LCD (cristal líquido), usando um investimento de US$ 2,6 bilhões garantido pelo governo para enfrentarem melhor a crescente competição de rivais na Coreia do Sul e Taiwan.
A fusão criará o maior fabricante mundial de pequenos painéis utilizados em tablets e celulares inteligentes, ultrapassando os líderes mundiais Sharp, do Japão, e Samsung Electronics, da Coreia do Sul.
A iniciativa ajudará as empresas a concentrar suas atenções em suas operações mais importantes. No entanto, o fundo de investimento no qual o governo japonês detém 90% de participação poderá enfrentar críticas por usar dinheiro público para amparar um negócio volátil.
A INCJ (Innovation Network Corporation of Japan) investirá cerca de 200 bilhões de ienes (R$ 4,2 bilhões) na companhia que a fusão criará, assumindo participação de 70%. Sony, Hitachi e Toshiba terão cada qual 10% do capital, anunciaram as três empresas na quarta-feira.
O objetivo é concluir a fusão até o segundo trimestre de 2012. Uma reacomodação era aguardada há muito no setor devido à queda nos preços dos painéis e aos avanços na tecnologia que vêm colocando os produtores sob pressão cada vez mais intensa.
As três empresas somadas controlavam 21,5% do mercado para telas pequenas e médias no ano passado, acima dos 14,8% da Sharp e dos 11,9% da Samsung Mobile, na estimativa do grupo de pesquisa DisplaySearch.
As três hesitavam em investir em uma nova linha para concorrer com a Sharp, que deve receber US$ 1 bilhão em investimento da Apple, ou com as rivais sul-coreanas LG Display e Samsung Mobile Display, que têm acordos de fornecimento com clientes importantes.
A Sony sofre sob peso dos prejuízos crônicos gerados por suas operações de televisores. A Toshiba está acelerando os planos de redução de suas operações de chips. Já a Hitachi quer se distanciar do volátil setor de painéis para se concentrar em operações de infraestrutura.

Nenhum comentário: