Moon, que também assina quadrinhos para a Folha, falou sobre a movimentação das publicações digitais.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
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Folha - O que muda no processo digital dos quadrinhos para os artistas?
Fábio Moon - Por enquanto, para o artista, pouco muda. Nós ainda desenhamos pensando no mesmo formato, o papel.
Então, para vocês, o digital não muda muita coisa?
Não. Até piora. Eu acho que o formato digital ainda tem baixa resolução; então, se você dá zoom na imagem, é possível ver os pixels. O bom do iPad é que ele tem o tamanho do gibi. Mas o zoom não tira proveito do tablet. Acredito que o processo precise ser aperfeiçoado. Por enquanto, é só um jeito de colocar na internet.
Retrato dos quadrinistas Gabriel Bá e Fábio Moon (à dir.), na praça Horácio Sabino, em São Paulo (SP) |
Você acredita que há um futuro para esse formato de publicação?
Acho que tem um futuro, mas não em quadrinhos. Se eu tivesse que fazer algo para internet, para tablets, em um mundo onde tudo tem musiquinha e barulhinho, eu não faria um quadrinho, e sim alguma coisa interativa.
As redes sociais podem substituir a troca de informações entre fãs de HQs?
É maior medo, o digital eliminar as lojas de publicações mensais. Não é um formato fácil para compartilhar um gibi. Eu compro o meu, você compra o seu. Não dá para emprestar.
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