Há duas semanas, a HP surpreendeu os mercados ao anunciar que pode abandonar o seu negócio de PCs --o maior do mundo após a aquisição da Compaq por US$ 25 bilhões, em 2002-- como parte de uma série agressiva de medidas de distanciamento do mercado consumidor. Esses planos incluíram a abolição do TouchPad.
Agora, a diretoria da maior empresa de tecnologia dos EUA em receita deve decidir antes do fim do ano se vai transformar sua divisão de PC --que começou a vender o TouchPad em julho-- em uma empresa separada, considerada a melhor opção para acionistas.
Todd Bradley, chefe do grupo de sistemas pessoais da HP, disse à Reuters em uma entrevista que pretende gerenciar qualquer empresa independente que venha a ser criada, e espera que ela seja uma fabricante de computadores completa, que produza tablets, PCs ultrafinos e máquinas tudo-em-um.
"Tablets são um segmento do mercado absolutamente relevante", disse ele, sem dar mais detalhes. Ele afirmou ainda que uma separação do grupo de sistemas pessoais trará o "melhor valor" para os acionistas da HP por conta de tributação e outras razões.
TouchPad, tablet da HP que foi extinto, mas pode ser ressuscitado |
Vender a divisão de PCs para um rival, como a taiwanesa Acer, que adquiriu a fabricante de computadores Gateway, em 2007, ou para a chinesa Lenovo, que comprou a divisão de PCs da IBM em 2004, não é uma alternativa desejável, disse Bradley. "Gostaria apenas de dizer que os números não apontam que essa estratégia funcione", disse ele, citando relatórios da Acer que apontaram sua primeira perda trimestral, na semana passada. A HP tem lutado no mercado de PC --um negócio de alta renda, mas baixa margem de lucro-- enquanto dispositivos populares, como o iPad, seduzem os consumidores. Bradley está em uma viagem para China, Taiwan e Coreia do Sul com o objetivo de se reunir com funcionários, fornecedores, governo e mídia para convencê-los de que o negócio de PCs da HP vai se manter robusto e comprometido com os mercados asiáticos. |
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