O Google TV, que permite que os usuários combinem conteúdo de web e televisão em telas de televisores, recebeu críticas pouco entusiasmadas e foi bloqueado pelas grandes emissoras norte-americanas quando foi lançado nos Estados Unidos, em outubro.
Eric Schmidt, presidente do conselho do Google |
Schmidt declarou no festival de TV de Edimburgo que os obstáculos ao produto até o momento se devem em parte a uma característica técnica dos televisores, aparelhos que os consumidores tendem a substituir apenas uma vez a cada cinco anos.
"Temos o firme compromisso de continuar, de melhorar o Google TV", disse ele, acrescentando que novas empresas em breve se unirão aos atuais parceiros Sony e Logitech para a próxima versão do sistema. A Logitech produz mouses, alto-falantes, webcams e teclados para computadores.
"Creio que os dois continuarão conosco e que surgirão muitos outros parceiros. Esperem por um anúncio em breve", disse.
O Google há muito abriga ambições de expandir seus negócios de publicidade on-line, que movimentam US$ 28 bilhões anuais, à arena da televisão, que recebe a parte do leão nas verbas publicitárias mundiais.
A empresa controla o YouTube, o mais popular site de vídeos on-line do mundo, mas não anunciou lucros derivados desse serviço desde que o comprou, em 2006.
Schmidt declarou em uma palestra na sexta-feira que previa o lançamento do Google TV na Europa para o começo do ano que vem.
Visitantes do Google I/O, evento voltado a desenvolvedores, testam programa da Vevo com o Google TV |
"Nós certamente conversamos com ele sobre reverterem sua posição e esperamos que coisa parecida não aconteça por aqui", disse o executivo, acrescentando que o Google estava conversando com redes britânicas de TV.
Como outros setores prejudicados pela internet, o de televisão em geral suspeita do Google, temendo que a empresa capture faturamento publicitário sem contribuir para o pesado custo da programação.
O Google argumenta que a internet pode expandir o mercado geral de propaganda ao oferecer anúncios mais direcionados e efetivos, que encorajarão as empresas a investir mais em publicidade.
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