O Google lançará seu serviço de TV na Europa no início do ano que vem, afirmou o presidente do conselho de administração da empresa, Eric Schmidt, nesta sexta-feira (26).
O Google TV, que permite que usuários acessem conteúdos da internet e da televisão por meio de um navegador, foi lançado nos Estados Unidos em outubro, mas dividiu a opinião de quem o experimentou e foi rapidamente bloqueado nas redes de três das maiores emissoras dos Estados Unidos.
Grande parte da indústria televisiva, como a de notícias e a de telecomunicações, vê o Google de forma suspeita e o acusa de roubar sua receita de publicidade sem contribuir para o custo de produzir a programação.
Schmidt procurou aplacar tais temores da elite das emissoras da Grã-Bretanha em um pronunciamento no festival televisivo de Edimburgo, na primeira vez em que um executivo fora do setor foi convidado para a palestra.
"Algumas pessoas nos EUA temiam que quiséssemos competir com emissoras ou criadores de conteúdo. Na verdade, nosso interesse é o oposto", disse ele a uma plateia que se animou rapidamente com o seu estilo amigável e também com os seus elogios à qualidade da televisão britânica.
"Esperamos apoiar a indústria produtora de conteúdo ao disponibilizar uma plataforma aberta para que a próxima geração de TVs evolua, do mesmo jeito que o Android é uma plataforma aberta para a próxima geração de aparelhos móveis", disse.
"Esperamos que o Google TV seja lançado na Europa no início do ano que vem, e claro que a Grã-Bretanha estará entre as maiores prioridades", afirmou.
O Google tem ambições no setor televisivo há tempos, esperando ampliar seu negócio de anúncios on-line, que trouxe US$ 28 bilhões para a companhia no ano passado.
Até o momento, o Google teve pouco sucesso, apesar de possuir o site mais popular do mundo em vídeos, o YouTube.
Na semana passada, porém, o acordo do Google para comprar a Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões deu à empresa a maior fabricante de set top boxes (conversores) que distribuem o conteúdo de muitas das maiores companhias de TV a cabo dos EUA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário