As ações da Apple tiveram leve queda, de 0,65%, no primeiro dia após a renúncia de Steve Jobs, com a expectativa inalterada sobre os lançamentos de produtos e a promessa do seu sucessor, Tim Cook, de que a empresa "não vai mudar".
Segundo analistas, a saída de Jobs da presidência-executiva, após 14 anos no comando, era uma questão de "quando", e não de "se", e os investimentos recentes nas ações da companhia já levavam isso em consideração.
O executivo estava desde o início do ano de licença médica por motivos não revelados. Ele passou por um transplante de fígado há dois anos e, em 2004, descobriu que tinha câncer no pâncreas.
Desde o anúncio da licença médica, em janeiro, até anteontem, as ações da Apple se valorizaram em 7,9%, enquanto a Nasdaq, Bolsa de Valores em que ela são negociadas, recuou 10,4%.
"No curto prazo, nós esperamos que as ações fiquem sob pressão, mas não encontrem uma forte queda, visto que a mudança de presidente-executivo já estava parcialmente descontada", escreveu o JPMorgan em análise.
O Deutsche Bank tem visão parecida, mas alerta para as incertezas nos próximos anos. "Acreditamos que o risco deve provavelmente estar mais centralizado nos planos de produtos de três a cinco anos se/quando Jobs sair definitivamente."
Para a consultoria Millward Brown, a Apple está em "ótima saúde" e deve continuar a crescer. A consultoria apontou a empresa como a marca mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 153 bilhões, US$ 42 bilhões mais que o Google, segunda colocada.
A verdade é que, fora da Apple, não se sabe qual o envolvimento a partir de agora de Jobs na empresa e sua participação no desenvolvimento de produtos.
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