"O WikiLeaks.org está sob ataque no momento", afirmava uma mensagem da organização pelo Twitter, em uma página que se acredita ser controlada por Julian Assange, o controvertido australiano que fundou e dirige a organização de denúncias.
Fundador do Wikileaks, Julian Assange |
Os documentos norte-americanos os quais o site está divulgando parecem fazer parte de um acervo de 250 mil mensagens do Departamento de Estado norte-americano "vazados" para o grupo. O WikiLeaks começou a postar os documentos em lotes pequenos no final do ano passado, mas que até o momento os vinha divulgando aos poucos.
Diversas organizações noticiosas de todo o mundo, entre as quais a Reuters, dispõem do acervo completo dos documentos já há meses. Mas, em sua maioria, os veículos de mídia só citaram ou divulgaram tais documentos ao publicar notícias ou artigos investigativos específicos baseados diretamente neles.
Uma pessoa que tem contato com os colegas mais próximos de Assange disse à Reuters recentemente que os ativistas da organização estavam decepcionados com a perda de interesse dos veículos noticiosos em publicar reportagens sobre o material, e que isso explicava a decisão de postar os documentos em lotes muito maiores.
A fonte descreveu Assange e seus associados como "frustrados" com a falta de interesse da mídia.
No ano passado, o WikiLeaks e Assange foram celebrados depois de divulgar os documentos do Departamento de Estado, dezenas de milhares de outros arquivos secretos norte-americanos e um vídeo sigiloso sobre uma controversa operação militar norte-americana no Iraque.
Mas o interesse do público pelo material do WikiLeaks caiu, depois disso. A organização pode ter sofrido com a publicidade negativa relacionada à fuga de Assange para o Reino Unido depois de ser acusado de delitos sexuais na Suécia, e com a prolongada disputa judicial quanto a um pedido sueco de extradição.
Assange, que nega quaisquer delitos, também se desentendeu publicamente com ex-colegas.
Uma pessoa próxima a ele disse que um tribunal britânico de recursos decidirá no começo de setembro quanto ao apelo de Assange contra o pedido da Suécia por sua extradição. A fonte não está ciente de qualquer conexão entre a divulgação do último lote de documentos e a expectativa de uma decisão judicial.
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