terça-feira, 31 de maio de 2011

Intel mostra laptops com recursos de tablets

A Intel exibiu uma nova categoria de laptops que, segundo ela, incluirá os melhores recursos dos tablets, como parte dos esforços da maior produtora mundial de chips para conquistar espaço no explosivo mercado de aparelhos móveis.
A pioneira dos netbooks Asustek mostrou na segunda-feira (30) o UX, primeiro modelo na classe Ultrabook, da Intel, na feira de computação Computex, em Taiwan. A Intel informou que modelos produzidos por outros fabricantes estariam à venda antes do Natal, a preços inferiores a US$ 1.000.
Os ultrabooks serão esbeltos e leves, mas contarão com processadores de alto desempenho. Devem responder por 40% dos laptops vendidos até o final do ano que vem, disse Tim Kilroy, vice-presidente da Intel, em entrevista à Reuters em San Francisco.
"Estamos em busca de modelos ultrarresponsivos. Dispositivos sempre ligados, sempre conectados, mais responsivos, semelhante ao que se vê nos tablets atuais, como o iPad", disse.
Em Taipei, na terça-feira, Mooly Eden, vice-presidente da Intel, definiu o Ultrabook como "uma categoria diferente" dos tablets e dos notebooks e expressou a esperança de que atraiam uma categoria diferente de consumidores.
"Haverá certa confusão devido ao fator da dobra; com o aparelho aberto, você verá um computador, mas, se quiser, poderá dobrá-lo e terá um tablet. É um computador? É um tablet? Não acho que isso importa", disse Eden em entrevista coletiva.
A Intel deseja tornar os laptops mais atraentes para os consumidores, cada vez mais atraídos pelo Apple iPad e por outros aparelhos móveis.
Os processadores da companhia equipam 80% dos computadores mundiais, mas a Intel até agora não conseguiu adaptá-los para uso em tablets e celulares inteligentes. Fabricantes como a Motorola e a Apple preferem processadores fabricados com tecnologia para uso eficiente de energia, licenciados pelo grupo britânico ARM Holdings.
Comentando sobre a concorrência com a ARM, Eden disse que a Intel chegou tarde ao mercado de tablets, mas não "fracassou".
"Chegamos tarde. Hoje há muitos tablets sem chips Intel, mas estamos fazendo grande esforço para recuperar o atraso. E acredito que tenhamos conseguido, nos tablets", disse.

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