O Google vai manter os notebooks como foco de seu sistema operacional Chrome e não tem planos imediatos para oferecer o sistema para tablets ou combiná-lo com o seu popular sistema operacional para smartphones Android, disse um importante executivo da empresa.
O Google vem realizando avanços agressivos no mercado de sistemas operacionais para computadores, dominado pela Microsoft, cujo sistema operacional Windows aciona 90% dos computadores mundiais.
O Google registrou avanço de 100$% no número mundial de usuários do Chrome, nos últimos 12 meses, para 160 milhões, disse Sundar Pinchai, vice-presidente da divisão Chrome da empresa, em entrevista coletiva durante a feira de computação Computex, em Taiwan, na terça-feira (31).
"O Chrome OS é um modelo de computador projetado tendo em mente diversos formatos, mas nosso foco continua a ser o formato notebook, por enquanto. Ainda não temos outros planos", disse Pichai em resposta a uma pergunta sobre a disponibilidade do Chrome para tablets.
Laptops equipados com o Chrome e projetados especialmente para acesso à Web, produzidos pela Samsung e pela Acer, chegarão ao mercado em junho, lutando contra os produtos da Microsoft e da Apple.
Já que o número de seus parceiros entre os fabricantes de computadores continua pequeno, o Google criou um centro especial para o Chrome em Taiwan, na esperança de atrair novos parceiros na região, informou Pinchai, sem acrescentar detalhes.
O sistema operacional básico é essencialmente um navegador de web que conduz os usuários a aplicativos como programas de e-mail e planilhas acessíveis on-line, em lugar de utilizar software instalado no computador.
Alguns analistas afirmam que vai demorar algum tempo para que o Chrome seja capaz de revolucionar o mundo dos computadores da mesma forma que o Google Android fez no mercado de aparelhos móveis.
"A questão é determinar se o Google tem o foco e o bom senso necessários em termos de marketing para posicionar o Chrome OS de forma a concorrer com os sistemas operacionais rivais para tablets e computadores, no mercado consumidor", disse Steve Hodgkinson, diretor de pesquisa da Ovum para a região Ásia-Pacífico. "Isso vai requerer muito investimento no desenvolvimento de software e em marketing, e o risco é de que o Chrome OS se perca no meio do caminho --mais que um smartphone ou tablet, mas menos que um sistema operacional pleno para laptops."
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