segunda-feira, 30 de maio de 2011

Austrália faz alerta contra ataques de hackers a empresas

O governo australiano alertou as empresas na segunda-feira para que reforcem sua vigilância contra ataques de hackers lançados de outros países contra algumas das maiores companhias mundiais de matérias-primas e outros setores.
A Lockheed Martin, principal fornecedora de tecnologia da informação ao governo dos Estados Unidos, causou preocupação sobre ataques de hackers no final de semana, se queixando de um padrão de ataques frequentes contra ela vindos de diferentes regiões do planeta.
Os comentários do secretário da Justiça australiano, Robert McClelland, surgiram depois que o presidente da Woodside Petroleum, maior empresa australiana de recursos naturais, declarou, em seus últimos dias no comando da empresa, que os ataques de hackers agora vêm "de toda parte".
"Não existe dúvida de que as ameaças à computação estão se agravando," disse McClelland à Reuters durante uma conferência de segurança de computação em Canberra. "Sem mencionar incidentes específicos, houve diversas informações de ataque a nossas empresas de recursos naturais", disse.
Don Voelte, que está deixando a presidência da Woodside, declarou durante uma conferência de negócios em Perth, na sexta-feira, que os ataques de hackers são preocupação séria para a Austrália, uma potência no setor de recursos naturais, e que não vinham apenas da China, um país faminto por energia.
"Os ataques vêm de toda parte. Vêm da Europa Oriental; vêm da Rússia. Não adianta criticar os chineses; os ataques vêm de toda parte", teria dito Voelte, de acordo com uma reportagem publicada pelo jornal "Australian" na segunda-feira.
O conglomerado japonês de eletrônica Sony também foi afetado por uma violação de suas redes on-line, que comprometeu dados pessoais de mais de 100 milhões de usuários registrados.
O Parlamento australiano sofreu ataque de hackers em fevereiro, quando os computadores de pelo menos dez ministros federais, entre os quais a primeira-ministra, Julia Gillard, e o ministro da Defesa, Stephen Smith, se tornaram alvos, e existe a possibilidade de que e-mails confidenciais tenham sido lidos.

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