sexta-feira, 27 de maio de 2011

Conselho da Microsoft apoia presidente contra investidor

O conselho de administração da Microsoft expressou apoio ao presidente-executivo Steve Ballmer, defendendo o veterano líder da companhia depois que o influente administrador de fundos de hedge David Einhorn deu início a um debate ao pedir sua demissão.
O administrador de fundos, que ganhou fama ao alertar sobre a saúde financeira do Lehman Brothers antes do colapso do banco de investimentos, acusou Ballmer na quarta-feira de estar preso ao passado, lançando o mais vigoroso ataque já empreendido por um investidor importante contra a liderança da companhia.
Os comentários de Einhorn, que ecoam opiniões particulares expressas há anos por alguns investidores, causaram agito em Wall Street e ajudaram as ações da Microsoft a subir 2% na quinta-feira, para US$ 24,67.
"Sua presença continuada é a maior influência negativa sobre as ações da Microsoft", disse Einhorn a colegas administradores de fundos durante a Ira Sohn Investment Research Conference, um evento anual em Nova York.
O conselho da Microsoft, formado por nove pessoas entre as quais o presidente e cofundador Bill Gates, apoia Ballmer, informou à Reuters uma fonte próxima aos seus integrantes. A Microsoft mesma não comentou.
Gates, que co-fundou a companhia de software em 1975 e continua a ser o seu maior acionista, com 6,6% do capital, é em geral visto como a pessoa que teria de tomar a decisão, no que tange a uma troca de comando.
"Bill Gates é um capitalista impiedoso. Se quisesse, empurraria Ballmer para fora por conta própria", disse um administrador de fundos em um dos maiores acionistas da Microsoft, que pediu que seu nome não fosse revelado.
Gates, que dedica a maior parte do seu tempo à fundação filantrópica que criou, não ofereceu indicações de que esteja considerando uma mudança. Um representante do empresário se recusou a comentar o assunto.
Outros investidores admitiram que as ações da Microsoft vêm sofrendo sob o comando de Ballmer, mas não chegaram a pedir sua saída.
"Minha interpretação foi a de que o conselho apoia Steve firmemente, e que ele só sairia se assim quisesse", disse Eric Jackson, do fundo de hedge Ironfire Capital, que vendeu sua posição na Microsoft no final de 2010, decepcionado por a empresa não ter elevado seu dividendo.

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