Definindo o caso como "fraude absurda e ultrajante", o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu para um tribunal dos Estados Unidos para encerrar um processo aberto por um homem de Nova York que alega ser proprietário de uma grande participação na rede social.
Em petição apresentada na quinta-feira a um tribunal federal de primeira instância em Buffalo, Nova York, o Facebook e Zuckerberg afirmaram que o processo de Paul Ceglia se baseia em "um contrato forjado e provas falsas". Também definiram o queixoso como "um trapaceiro inveterado cujos delitos se estendem a diversos países e por um prazo de décadas".
Ceglia, vendedor de madeira em Wellsville, Nova York, alega que em 2003 assinou um contrato que lhe conferiria 50% da participação de Zuckerberg naquilo que viria a se tornar o Facebook.
O Facebook é uma empresa de capital fechado, mas analistas dizem que seu valor pode atingir os US$ 70 bilhões quando abrir seu capital, talvez em 2012. A revista Forbes em março estimou o patrimônio líquido de Zuckerberg em US$ 13,5 bilhões.
Christopher Hall, o advogado que representa Ceglia, preferiu não comentar de imediato.
Ceglia abriu seu processo original em julho de 2010, alegando que tinha um contrato com Zuckerberg que lhe conferia participação de 84% no Facebook. Mas depois de sofrer um revés em uma questão de jurisdição, Ceglia substitui seu advogado original pelo grande escritório internacional DLA Piper.
A queixa reformulada cita o que Ceglia descreve como emails trocados com Zuckerberg, para substanciar seu caso. Em uma das mensagens, Zuckerberg parece estar resistindo a uma cláusula que conferiria a Ceglia participação superior a 80%.
"Gostaria de sugerir que a penalidade seja excluída de todo e que voltemos a uma divisão de propriedade 50/50", Zuckerberg teria escrito em 2 de fevereiro de 2004.
Em sua resposta, o Facebook e Zuckerberg negam "especificamente qualquer responsabilidade judicial" perante Ceglia e definem o processo como "fraude absurda e ultrajante no tribunal".
Eles também questionam por que Ceglia esperou sete anos para abrir o processo, afirmando que ele tornou-se por muito "totalmente silencioso" enquanto o Facebook "cresceu e se tornou uma das companhias mais conhecidas do mundo".
Em um caso separado, Cameron e Tyler Winklevoss estão apelando à Suprema Corte dos EUA contra uma decisão que manteve um acordo de US$ 65 milhões em dinheiro e ações da rede social.
Os irmãos acusaram o Facebook e Zuckerberg de roubarem sua ideia para o site. Ele reclamaram que o acordo que fizeram com o Facebook em 2008 foi fraudulento porque a empresa escondeu informações deles. Os gêmeos afirmam ainda que têm direito a mais ações do Facebook.
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