As mulheres são maioria quando o assunto é uso de redes sociais, ao
menos de acordo com pesquisas que envolvem brasileiras, mexicanas e
norte-americanas.
No Brasil, elas são mais engajadas a redes como Facebook, Twitter e Orkut, quando comparadas a eles.
O estudo de outubro de 2010 da comScore mostra que as brasileiras consomem 31% mais conteúdo do que os brasileiros no Facebook.
Ainda assim, nenhuma das três redes tem mulheres em seu conselho de
diretores, apesar de o Facebook ter colocado Sheryl Sandberg em uma
posição determinante nas decisões da empresa.
Nos Estados Unidos, um balanço geral das mídias digitais de 2010 mostrou
a tendências das norte-americanas de aumentar sua liderança quanto ao
tempo gasto nos sites sociais.
A pesquisa, também da consultoria comScore, mostra que as
norte-americanas passaram 16,8% do seu tempo em sites de redes sociais
em dezembro de 2010 --um crescimento de 4,5 pontos percentuais em
relação ao ano anterior.
Já os homens passaram 12% do seu tempo na mesma atividade, também em
dezembro de 2010 -com um aumento de 2,9 pontos percentuais em relação ao
mesmo período, em 2009.
A comScore afirma que, além de o tempo de uso das redes sociais por
mulheres ser maior que o dos homens, ele cresceu de maneira mais
acelerada entre os anos de 2009 e 2010.
Pesquisa realizada entre as contas ativas do Twitter no México mostrou
que a maioria delas é comandada por mulheres, segundo informações do
site milenio.com.
OPORTUNIDADE
Entre as várias mulheres presentes em redes sociais, a chef de cozinha
Bridget Davis (@bridget _cooks) foi considerada uma das tuiteiras mais
influentes do mundo pelo site Bitrebels.com.
Dona do theinternetchef.biz, ela conta que, até 2009, não tinha vida virtual -"mal tinha uma conta de e-mail".
Foi o ano que seu marido aderiu ao Twitter e que ela decidiu segui-lo e
experimentar a ferramenta, "sem grandes intenções de criar uma vida
on-line", conta.
"Antes que eu percebesse, já tinha escrito meu primeiro artigo para o The Internet Chef", contou, à Folha, a chef, que mora em Sydney, na Austrália.
Em seu site, ela publica, basicamente, informações, opiniões e vídeos relacionados à comida.
Comparando a indústria da tecnologia com a gourmet, ela conta que o
mercado de chefs ainda é predominantemente masculino, ao menos na
Austrália.
Ela é só elogios à internet. "Por outro lado, eu acho a internet uma
fonte maravilhosa para me conectar com outras mulheres ao redor do
mundo", contou.
EGITO
Durante a onda de protestos que terminou com a queda de Hosni Mubarak,
que governou o Egito por 30 anos, uma jovem de 26 anos mostrou ousadia
por meio das redes.
Asmaa Mahfouz gravou um vídeo em 18 de janeiro, o postou no YouTube e o
compartilhou por meio de sua página no Facebook (veja em bit.ly/egitoasmaa). Em dias, as imagens haviam se espalhado.
Olhando para a câmera, Mahfouz diz: "Quem diz que as mulheres não
deveriam ir aos protestos porque irão apanhar, tenham honra e hombridade
e venham comigo [para um protesto] no dia 25 de janeiro. Vocês não
precisam ir para a praça Tahrir. Apenas vão a algum lugar e digam que
somos seres humanos livres."
De acordo com o site boingboing.net, alguns especialistas creditam ao
vídeo o fato de o governo egípcio ter decidido bloquear a rede social
Facebook no país na época do conflito.
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