o secretário de Justiça de Connecticut anunciou que conduzirá uma
investigação de múltiplos Estados norte-americanos sobre a coleta pelo
Google de dados de redes sem fio. A coleta foi feita por veículos que
fotografam ruas para o serviço Street View da empresa.
O secretário Richard Blumenthal disse na segunda-feira que mais de 30
Estados dos EUA participaram de uma recente teleconferência sobre a
questão.
Foi o mais recente desdobramento em uma controvérsia sobre defesa da
privacidade que irrompeu em maio, com a notícia de que os veículos do
Google Street View recolheram alguns dados pessoais que estavam sendo
transmitidos por redes Wi-Fi.
A companhia já enfrenta uma investigação informal sobre o assunto pela
Comissão Federal do Comércio (FTC) dos Estados Unidos e diversos
inquéritos em outros países e processos judiciais coletivos.
"Meu gabinete liderará uma investigação multiestadual, com o
envolvimento de número significativo de Estados, sobre a invasão muito
perturbadora que o Google praticou contra a privacidade pessoal",
afirmou Blumenthal em comunicado.
"Os consumidores têm o direito e a necessidade de saber que informações,
as quais podem incluir endereços de e-mail, dados sobre hábitos de
navegação on-line e senhas da Web, foram recolhidas pelo Google, como e
por que razão."
Blumenthal diz que o Google vem colaborando, mas "as respostas que
ofereceu até agora só serviram para gerar novas dúvidas".
"Nossa investigação vai considerar se leis foram violadas e se mudanças
nos estatutos federais e estaduais são necessárias", afirmou.
O Google usa frotas de veículos em todo mundo para recolher imagens
panorâmicas de ruas, já há alguns anos. As pessoas que usam o atlas
online do Google em busca de endereços e informações muitas vezes podem
visualizar fotos recolhidas pelo Street View.
O Google diz que utiliza dados sobre a localização de redes Wi-Fi para
melhorar os serviços baseados em localização nos celulares inteligentes
acionados por seu sistema operacional.
A empresa revelou que sua frota estava coletando dados de redes sem fio
em abril, mas na ocasião disse que nenhuma informação pessoal dessas
redes estavam envolvidas no caso.
Porém, depois de uma auditoria pedida pela Alemanha, o Google reconheceu
em maio que estava recolhendo informações de maneira equivocada.
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