quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

iPad não deve substituir Kindle por enquanto, dizem analistas

O interesse do mundo dos eletrônicos se transferiu da Amazon para a Apple, com o lançamento do tablet iPad. Analistas dizem, no entanto, que o Kindle, produzido pela maior rede de varejo eletrônico do mundo, está seguro em seu mercado de menor porte. Ao menos por enquanto.
Os observadores do setor vinham especulando há meses sobre a possibilidade de que o novo tablet da Apple roubasse uma fatia do mercado do Kindle, vendido a US$ 259. O dispositivo, produto de maior venda na Amazon, foi lançado no final de 2007.
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Mas esses temores parecem ter se provado exagerados, e as ações da Amazon fecharam em alta de 2,74% na Nasdaq na quarta-feira e nesta quinta-feira se valorizavam em 1,4%.

"Eles [a Amazon] não precisam se preocupar com uma queda súbita no mercado de seu produto devido a uma migração coletiva para o iPad", disse James McQuivey, analista da Forrester Research.
"A Amazon ainda tem um ano de prazo para demonstrar sua capacidade de ficar à frente da Apple, mas se não o fizer a Apple dentro de um ano terá novas soluções de conteúdo prontas para lançamento", acrescentou. "E quando isso acontecer, ela se tornará uma ameaça, caso a Amazon não tenha respondido."
James Friedland, analista da Cowen & Co., concordou. "Isso não muda o jogo", disse ele. "Mas ainda assim a Apple é um concorrente formidável e nossa opinião é de que ao longo do tempo Apple e Amazon emergirão como líderes [nos livros eletrônicos]."
O Kindle deve continuar a ser o aparelho preferencial para os leitores ávidos, dizem os analistas, devido à sua tecnologia e-Ink, que minimiza o cansaço da vista, e à formidável seleção de livros. Já o iPad tem tela iluminada, o que torna a leitura mais difícil.
Jeff Bezos, presidente-executivo da Amazon, defende há muito a posição de que o Kindle serve à leitura de livros, revistas e jornais, e não servirá de degrau para um produto de recursos mais amplos, semelhante a um computador, como o que a Apple lançou.

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