A Amazon anunciou que vai permitir que programadores criem aquilo que é chamado de "conteúdo ativo" --similar a aplicativos-- para o Kindle, segundo informa o jornal norte-americano "The New York Times" nesta quinta-feira (21).
Ainda segundo o jornal, a companhia vai ficar com 70% do valor de cada venda para pagamento de custos de wireless.
A fabricante do Kindle vai lançar uma série de diretrizes que outras empresas (editoras de livros, jornais e revistas) poderão usar para criar e vender aplicações para o Kindle.
Enquanto a Amazon não lança modelos mais avançados do e-reader, desenvolvedores serão limitados pela renovação limitada e pela tela preta e branca do dispositivo.
A expectativa, de acordo com o vice-presidente para o Kindle Ian Freed, é que desenvolvedores façam diversos programas, incluindo aqueles mais utilitários, como calculadoras, e mais casuais, como games.
Guerra dos gadgets
O anúncio causou "frisson" entre o meio de tecnologia, principalmente porque vem uma semana antes do novo produto da Apple, cujo lançamento está marcado para o dia 27. O mercado espera, com grande expectativa, o tablet --que reúne a tecnologia de um netbook e a de um smartphone-- da companhia de Steve Jobs.
Na análise de muitos sites e especialistas, o Kindle não teria "artilharia" suficiente para competição com a empresa cujos produtos são a coqueluche da tecnologia.
"Será que os preços Kindle serão um trunfo contra o sex appeal da Apple? Não é essa a questão, realmente?", questiona Richard Charkin, diretor-executivo da Bloomsbury Publishing em Londres, que vem observando a evolução da venda de e-books com grande interesse.
"Eu não tenho a menor ideia. Tudo o que eu diria é: ótimo! Quanto mais as pessoas que estão levando livros em marketing digital ou qualquer outro formato, melhor."
Já o site da revista "PC World" critica a tecnologia da tela E-ink do Kindle --afirmando que o dispositivo da Amazon não pode competir com aparelhos já disponíveis, como iPhone e iPod, por exemplo.
"Veja isso, Amazon, se você quer um novo ângulo para competir com dispositivos como tablets, telefones Android, e uma nova geração de e-readers, talvez o que você precisa é um novo dispositivo sem tela E-ink. Ou talvez uma tela dupla do Kindle que faça a E-ink parecer como uma tela LCD?", questiona a revista.
"Aplicativos são uma boa ideia para expandir o uso de um aparelho como o Kindle, mas se você quer inovação similar, você talvez deva pensar em atualizar o seu dispositivo."
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