Os cardiologistas poderão ter à disposição, em breve, imagens em três dimensões das artérias coronárias, graças a um programa de computador que permite melhorar a detecção e o tratamento da arteriosclerose, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (26) nos Estados Unidos.
As artérias coronárias são os primeiros ramos emergentes da aorta, a maior e mais importante artéria do corpo humano.
A nova tecnologia passou com êxito em seu primeiro teste em pacientes, afirmam os médicos na revista "Circulation", principal publicação da Associação Norte-Americana de Cardiologia.
Ainda em fase experimental, esta técnica deve permitir que os profissionais avaliem com maior precisão e mais rapidez o estado das artérias coronárias e detectem eventuais ateromas --uma calcificação das artérias resultante dos depósitos de gordura-- que são fontes de infartos.
"É uma tecnologia que promete", estimou John Carrol, cardiologista e professor de medicina da Universidade de Colorado, um dos autores do estudo.
2D há 50 anos
Atualmente, os médicos fazem uma série de imagens das artérias coronárias em duas dimensões com raios-X, uma técnica utilizada há mais de 50 anos.
O novo programa, que utiliza os sistemas radiológicos existentes, permite reduzir o tempo de exposição dos pacientes à radiação e ao produto opaco que é injetado neles. E os cardiologistas também passam muito menos tempo analisando as imagens 3D geradas por computador.
Após esse primeiro teste, cuja viabilidade foi verificada em 23 pessoas, serão realizados vários testes em diversos hospitais do mundo, explicou Carrol.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no mundo e são responsáveis por 17 milhões de mortes por ano no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde.
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