A Motorola anunciou nesta quinta-feira que deverá registrar prejuízo no atual trimestre, diante de pesados investimentos para lançamento de mais smartphones. Investidores se mostravam decepcionados com o anúncio e as ações da empresa desabavam mais de 10%.
Os papeis da empresa tombavam apesar do anúncio de vendas mais fortes que o esperado de smartphones no quarto trimestre, quando a companhia começou a vender aparelhos baseados no sistema operacional Android, desenvolvido pelo Google.
A Motorola previu prejuízo no primeiro trimestre de US$ 0,01 a US$ 0,03 por ação ante uma expectativa média de analistas ouvidos pela Reuters de lucro de US$ 0,03.
O co-presidente-executivo da Motorola Sanjay Jha atribuiu a previsão a um esperado menor volume de vendas de smartphones no primeiro trimestre por motivos sazonais, combinados com as despesas maiores com o lançamento de novos aparelhos.
"Estamos apenas nos estágios iniciais de nossa transição para uma companhia de smartphones e nós temos muito trabalho adiante", disse Jha a analistas em teleconferência.
A Motorola informou que a unidade de dispositivos móveis terá lucro no quarto trimestre de 2010, depois de anos de prejuízos depois que uma linha fraca de aparelhos causou perda de participação de mercado para rivais como Apple e Nokia.
A Nokia divulgou também nesta quinta-feira lucro e vendas acima das expectativas do mercado e suas ações dispararam 14%.
A Motorola, que está apostando o futuro de seus negócios com celulares na plataforma Android, vai vender menos celulares inteligentes neste trimestre que no quarto, disse Jha. Ele previu vendas de 11 a 14 milhões de smartphones este ano e afirmou que os aparelhos vão gerar mais de 50% do faturamento da unidade.
A companhia vendeu 12 milhões de celulares no quarto trimestre de 2009, ante uma previsão média de analistas de 14,8 milhões. Apesar disso, as vendas de 2 milhões de smartphones ficaram acima das expectativas.
A Motorola encerrou o quarto trimestre com lucro de US$ 142 milhões, ou US$ 0,06 por ação, ante prejuízo de US$ 3,66 bilhões, ou US$ 1,61 por ação, um ano antes, quando assumiu pesados encargos contábeis. A receita caiu cerca de 20%, para US$ 5,7 bilhões.
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