sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Bons jogadores têm partes do cérebro maiores, diz estudo

O tamanho de certas partes do cérebro pode ser usado para prognosticar a destreza em videogames, segundo uma nova pesquisa publicada na revista "Cerebral Cortex" e divulgada na quinta-feira (21).
Segundo o site da revista Wired, as habilidades especiais para videogames foram medidas por meio de três partes em cérebros de voluntários.


Para exemplificar, pesquisadores indicaram que se o nucleus accumbens --que integra o centro de prazer cerebral-- é grande, haverá menos dificuldade para aprender um novo jogo.
"É a primeira vez que conseguimos pegar uma tarefa do mundo real, como o videogame, e mostrar que o tamanho de uma área específica do cérebro é explicativa quanto à performance e registros sobre este videogame", disse o professor de psicologia da Universidade de Pittsburgh, Kirk Erickson, em comunicado.
Erikson é coautor do estudo com o Art Kramer, da Universidade de Illinois, e Graybiel Ann, do Instituto de Tecnologia de Massachussetts.
Ainda de acordo com a "Wired", 39 indivíduos adultos foram treinados para jogar "Space Fortress" --jogo desenvolvido especialmente para o experimento. No game, os jogadores destroem uma base inimiga, e tentando evitar uma série de perigos mortais.
Os cientistas usaram ressonância magnética para medir partes do cérebro dos sujeitos para, em seguida, prever o quão bem eles aprenderam a jogar "Space Fortress", com base no tamanho dos locais específicos do cérebro.
O grupo constatou que o tamanho de certas partes do cérebro pode ser usado para prever tipos específicos de desempenho. Jogadores cujo nucleus accumbens era maior se destacaram nas primeiras fases de aprendizado do jogo.
Os que possuíam grandes caudate nucleous ou putamen, regiões associadas com o aprendizado de novas habilidades, superavam os demais quando a prioridade do game era variável, isto é, quando o foco não é uma alta pontuação, mas outras tarefas no jogo.
A informação obtida a partir do estudo, segundo os pesquisadores, deve ser útil para os professores, que potencialmente podem prever se os estudantes devem ter mais tempo de estudos, baseado no tamanho de partes cerebrais
"E isso confirma o que a maioria dos jogadores já sabiam --que a prática leva à perfeição, mas os melhores jogadores já nascem com ela", diz a "Wired".

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