Apesar de o Brasil ser o segundo em usuários do Facebook no mundo, o
site não capitaliza essa audiência. Enquanto os cliques das Ilhas
Virgens Americanas remunera o Facebook em R$ 0,78, atingindo 7.900
pessoas, no Brasil, que tem 47 milhões de usuários, o preço é R$ 0,54.
O levantamento feito pela Folha a partir dos preços sugeridos pelo
Facebook em leilões de anúncios. Como o anunciante faz uma oferta e
concorre com empresas que propõem anúncios similares, quanto maior a
procura, mais alto o preço.
A publicidade é a principal fonte de receita do Facebook, que abriu capital anteontem e levantou US$ 16 bilhões.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, o baixo preço cobrado no
Brasil é uma estratégia da rede social para ampliar a baixa penetração
da rede entre a população brasileira, de 23%. Ampliar a base de usuários
em mercados como o do Brasil é uma meta pós-IPO.
Como não produz conteúdo, o Facebook, ao cobrar pouco pelos anúncios,
conta com o poder de atração dos conteúdos veiculados por empresas.
"O Facebook cobra custos baixos para estimular a entrada das marcas", diz Gustavo Fortes, sócio da agência digital Espalhe.
"O risco é a rede nunca mais conseguir levantar esse valor sem afastar
as empresas", afirma Roberto Eckersdorff, VP de Fornecedores do IAB
(Internet Bureau Advertising).
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