O Facebook pretende levantar cerca de US$ 5 bilhões com a abertura de seu capital na Bolsa de Nova York.
A empresa apresentou nesta quarta-feira o registro oficial da oferta às
autoridades norte-americanas. A operação avalia a companhia em cerca de
US$ 75 bilhões.
Analistas estimam que a oferta inicial de ações possa alcançar até US$
10 bilhões, o que elevaria para algo perto de US$ 100 bilhões o valor de
mercado da companhia.
A oferta pública de ações é a mais aguardada desde a do Google, em 2004.
Na época, o gigante da internet levantou US$ 1,9 bilhão, atingindo US$
23 bilhões em valor de mercado.
O banco que comandará a estreia do Facebook no mercado será o Morgan Stanley.
Os subscritores da operação serão os bancos Morgan Stanley, JP Morgan
Chase, Goldman Sachs, Bank of American-Merrill Lynch, Barclays Capital e
Allen & Company.
Os números apresentados no registro sugerem um rápido crescimento da
rede social. O total de usuários ativos saltou de 197 milhões em março
de 2009 para 845 milhões em dezembro do ano passado.
A receita cresceu 88% só no último ano, para US$ 3,7 bilhões. Já o lucro
passou de US$ 607 milhões em 2010 para US$ 1 bilhão no ano passado.
O nível de interação dos usuários na rede social pode ser medido pelo
número de comentários e cliques no botão "curtir", que somados chegaram a
quase 3 bilhões por dia. São cerca de 250 milhões de fotos postadas por
dia.
Dados dos usuários coletados a partir dessas interações são uma das
razões que justificam as altas cifras envolvidas na oferta. A companhia
pretende usar essas informações para vender anúncios direcionados, com
base em costumes e preferências de clientes potenciais.
Em carta enviada aos potenciais acionistas, entretanto, o
chefe-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que prefere
continuar a desenvolver melhores serviços do que trabalhar para aumentar
as receitas.
"Nós não construímos serviços para ganhar dinheiro, nós fazemos dinheiro para construir melhores serviços."
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