O Google concordou em pagar US$ 500 milhões para dar fim a uma investigação do governo sobre a propagação que a empresa fez de anúncios on-line de farmácias canadenses que, ilegalmente, vendiam medicamentos com e sem prescrição para consumidores americanos.
Com o acordo, o líder das buscas na internet não vai encarar o processo pelas acusações de lucro indevido por meio de anúncios promovendo as farmácias, disse o advogado americano Peter F. Neronha.
Os US$ 500 milhões representam a receita bruta que o Google obteve com os anúncios das farmácias canadenses, mais os ganhos gerados pelas vendas ilegais desses medicamentos aos consumidores americanos, disseram investigadores federais.
Os funcionários federais também afirmaram que o Google sabia já em 2003 que o seu sistema de anúncios permitia que as farmácias canadenses praticassem o comércio ilegal. As transações incluíam vendas de remédios sem prescrições de médicos autorizados, disseram os promotores.
Enviar medicamentos que exigem prescrição para os Estados Unidos do exterior viola as leis para farmacêuticos e outras leis, disseram os investigadores. Medicamentos que exigem prescrição enviados para os Estados Unidos a partir do Canadá não são submetidos à fiscalização de autoridades reguladoras canadenses, e muitos exportam medicamentos de países com regras farmacêuticas inadequadas, afirmaram os promotores.
A investigação trouxe à tona como o sistema automático de anúncio conhecido como AdWords é vulnerável nas mãos de pessoas com más intenções. A rede de anúncios é a maior fonte de dinheiro do Google. Só neste ano, deve gerar para a empresa uma receita de US$ 30 bilhões.
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