domingo, 3 de abril de 2011

Rede social para fotos Color intriga usuários

Lançado em março, o aplicativo Color é um dos principais assuntos no mundo da tecnologia por três motivos: porque foi criado pelo fundador de uma empresa adquirida pela Apple, porque recebeu um investimento de US$ 41 milhões e... porque pouca gente entendeu para que ele serve e como ele funciona.
Sua premissa parece ser simples: é uma rede social que não exige cadastro e permite registrar fotos e vídeos no Android e no iPhone e compartilhá-los automaticamente com pessoas que estejam usando o aplicativo em um raio de 45 metros.
Na prática, porém, usuários reclamaram da interface confusa, com botões sem legenda de texto, e da aparente inutilidade do serviço.

"AVISO: NÃO USE O COLOR SOZINHO." Assim, em letras maiúsculas, a frase é a primeira que consta da descrição oficial do programa, que é gratuito, na App Store, da Apple, e no Android Market, do Google.
A dramaticidade da advertência dá a entender que desobedecê-la pode resultar em algum tipo de tragédia. A verdadeira consequência de usar o Color sozinho, porém, é trivial: não haverá diversão nenhuma, já que não surgirá imagem qualquer.
Apesar de estar entre os aplicativos mais baixados na App Store e no Android Market, o Color está sendo mal avaliado em ambas as lojas virtuais: tem média de duas estrelas, de cinco possíveis.
Fundador do serviço on-line de música Lala, adquirido pela Apple, Bill Nguyen é o criador do Color.
Em entrevista ao site Business Insider, ele admitiu ter falhado em comunicar o potencial revolucionário do serviço e enumerou ocasiões em que ele pode ser útil.
"Se você baixar o aplicativo com alguém e ele estiver por perto, você terá uma experiência sensacional porque literalmente tudo que você o vê capturando na câmera dele aparecerá no seu celular", afirmou Nguyen. "É uma experiência completamente surreal."
Em um jogo de beisebol, por exemplo, o Color seria capaz de descobrir o que a maioria dos usuários está registrando e colocar em destaque, automaticamente, as melhores imagens.
Ainda segundo Nguyen, pessoas no Japão estão usando o serviço para enviar imagens de áreas devastadas para equipes de resgate.

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