domingo, 20 de março de 2011

Executivas são raras no mundo hi-tech

Uma delas foi a primeira engenheira mulher do Google. Outra conta que entrou pela no mundo da tecnologia "porta dos fundos". Uma terceira se apoia em um programa da empresa para que possa ajustar seus horários aos filhos. Elas chegaram aos tão difíceis cargos de liderança e destaque numa indústria de majoritariamente masculina.
Marissa Mayer é um dos grandes exemplos de liderança feminina no Google. Primeira engenheira mulher a entrar na empresa, ela comanda serviços de geolocalização da companhia. Além disso, foi indicada para um comitê operacional importante dentro do Google.
Formada na Universidade de Stanford, especializou-se em inteligência artificial. Aos 33, foi a mais jovem a entrar na lista de mulheres mais poderosas da "Fortune".
Também no Google, se destaca a brasileira Fernanda Viégas, que diz ter entrado no mercado da internet "pela porta dos fundos".
"Não tive formação em ciências da computação, nem engenharia". Ela se formou em design gráfico e história da arte, para depois fazer trabalhos ligados à tecnologia no Media Lab do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
No Google, ela lidera, com Martin Wattenberg, um grupo de pesquisas na área de visualização de dados. "De uma coisa tenho certeza: meus projetos com o Martin são mais criativos e mais abrangentes porque somos um time diverso, com uma mulher e um homem."
Casada e com uma filha de dois anos, ela diz que seu dia gira em torno da escolinha da menina. "Concilio profissão e vida pessoal como qualquer outra mãe que trabalha fora: com dificuldade."
Ligia Carmo, 34, diretora de marketing da América Latina do Yahoo!, coordena equipes na Argentina, no Brasil e em Miami.
Para Carmo, a percepção das mulheres nas áreas de comunicação já é mais comum, "mesmo em empresas de tecnologia", explica.
O caminho de Lúcia Bulhões, diretora de vendas para grandes empresas da Dell Brasil, foi mais turbulento. Sempre na área de tecnologia, ela conta que no começo de sua carreira, o mercado era essencialmente masculino. "Historicamente, para estar nesse mercado você tinha que ter uma formação de engenharia ou técnica. Hoje, a tecnologia permeia várias áreas de uma empresa."
Casada e com dois filhos, ela conta que aproveita programas da empresa que permitem que ela faça alguns trabalhos de casa.

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