O Google divulgou nesta terça-feira (24) uma mensagem no qual pede desculpas por resultados ofensivos após buscas pelo termo "Michelle Obama" incluir imagem que caracteriza a primeira-dama dos Estados Unidos como um macaco.
Por meio de uma mensagem que aparece na área reservada a anúncios patrocinados nos resultados da busca por imagens de Michelle Obama, a Google lamenta que seu buscador possa mostrar conteúdos ofensivos, mas acrescenta que não retirará nenhum deles.
"Às vezes, as buscas do Google podem produzir resultados perturbadores, inclusive quando os pedidos são inofensivos", diz a companhia ao assegurar que não apoia os pontos de vista expressados por esses conteúdos.
A imagem ofensiva da primeira-dama causa polêmica desde a semana passada, quando o Google alegou que a página que a abrigava era uma fonte de vírus para os usuários e decidiu retirar o link correspondente de seus resultados de busca.
Porém, a imagem não demorou a reaparecer hospedada em um novo servidor, e se tornou o primeiro resultado que aparece na busca por imagens de Michelle Obama, algo que a companhia afirma não poder controlar.
"A posição de um site na classificação de resultados do Google depende fundamentalmente de algoritmos de busca, que usam milhares de fatores para calcular a relevância de uma página em relação a uma demanda particular", explica o comunicado.
Não eliminar
A companhia ressaltou que sua maior prioridade é a "integridade dos resultados de busca", e por isso descarta "eliminar páginas dos resultados simplesmente porque seu conteúdo seja impopular ou porque recebamos queixas a respeito".
"Só eliminaremos as páginas se acharmos que o site viola nossas regras de uso, se acharmos que a lei nos obriga a isso ou sob pedido do responsável da página em questão", acrescentou.
Um comunicado similar aparece após a busca por páginas que contenham a palavra "jew" ("judeu", em inglês), em relação a um resultado que alude à negação do Holocausto.
"Se você usou o Google ultimamente para buscar a palavra 'judeu', é provável que tenha encontrado resultados muito inquietantes", diz a mensagem da empresa, que oferece as mesmas explicações do caso da imagem da primeira-dama dos EUA.
"Às vezes, as sutilezas da linguagem provocam o aparecimento de anomalias que são imprevisíveis", acrescenta.
"No caso de 'judeu', isto ocorreu porque (o termo) é usado em muitas ocasiões em um contexto antissemita", algo que, segundo a empresa, não ocorre com os termos "judaísmo" ou "judeus", no plural.
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