Tanto a versão impressa do livro "O Seminarista", de Rubem Fonseca, quanto a digital foram lançadas na mesma data pela Ediouro, em 5 de novembro. O curioso vem a seguir: a editora optou por vender o "e-book" por R$ 36,90, enquanto o livro "real" chega a custar R$ 29,50.
Os primeiros a repararem na distorção de preços foram os internautas. "Ganância pura!", protestou um usuário do YouTube após assistir ao trailer de divulgação da obra. Após as críticas, a companhia resolveu voltar atrás. Agora, o livro digital é vendido por R$ 19,99.
"Demoramos para ajustar o valor correto", diz Newton Neto, diretor-executivo da Singular, loja on-line que comercializa livros da Ediouro.
A alteração de preço do e-book "O Seminarista", de Rubem Fonseca, é registrada no site da loja virtual da Ediouro
O diretor conta que eles possuem uma agência para monitorar comentários sobre os seus produtos em comunidades virtuais e blogs. Com ela, notaram que, principalmente por meio do Twitter, internautas apontavam o problema.
"Por motivos óbvios, como o não gasto de papel e o custo de distribuição", explica Neto, "nossa estratégia é que os preços dos 'e-books' sejam pelo menos 30% inferiores aos dos impressos".
Ele também diz que originalmente o preço do 'e-book' não ficaria maior nem menor que livro impresso, mas igual. "Mas o varejo tem autonomia para sua política de preços", explica.
"Espantoso", protestava o site da Editora Plus, horas antes da alteração do preço. "Será que a Ediouro pensa que os leitores do Kindle gostam de rasgar dinheiro? Só porque eles gastam R$ 1.000 para ter o aparelho, não quer dizer que topem fazer 'doação' para a Ediouro."
O site concluía que "cobrar mais caro vai redundar em duas coisas: vendas pífias e pirataria".
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