Em entrevista à Folha durante passagem pelo Brasil, na semana passada, Shen demonstrou inequívoco orgulho de sua criação. Ele elenca o Eee PC entre os três produtos de tecnologia mais revolucionários dos últimos tempos, ao lado do iPhone, da Apple, e do Kindle, leitor de livros eletrônicos da Amazon.
Apesar de considerar o MacBook Air "muito bom", Shen alfinetou o laptop ultrafino da Apple. "Sempre que quero conectá-lo a um projetor ou a uma televisão, esqueço de levar o adaptador", afirma, referindo-se à falta de conexões do notebook, que tem apenas uma porta USB.
Com um modelo ultrafino do Eee PC nas mãos, Shen quer mostrar que um laptop pode ser "fino, leve e estiloso" sem fazer concessões de funcionalidade. E destaca do netbook o adaptador VGA externo, para conexão com monitores, que fica guardado no próprio computador -invenção da Asus.
O primeiro Eee PC vinha com Linux. Hoje, porém, a grande maioria dos netbooks da Asus roda Windows.
Shen credita a predominância do Windows à "agressividade" da Microsoft, que oferece condições especiais para a adoção de seu sistema, e à sua vasta compatibilidade com periféricos, como impressoras.
Mas ele revela a identidade de uma fã de Linux muito especial: sua mulher. "Levei a ela um dos computadores novos com Windows e ela reclamou: "Isso é tão difícil de usar!'". A mulher de Shen estava acostumada com a versão personalizada de Linux que a Asus desenvolveu para os primeiros Eee PCs, com ícones grandes para os principais programas.
Shen, porém, relativiza a importância dos sistemas operacionais em tempos nos quais aplicações comuns, como e-mail e editor de textos, rodam na rede, diretamente do navegador, independentemente do sistema operacional.
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