Fato tão incontestável como desagradável para os concorrentes da Apple: o
iPad ainda é o rei dos tablets. Para tentar reverter esse quadro, os
rivais experimentam tamanhos, designs e funções diferentes para suas
pranchetas.
Após o surgimento do iPad, a maior parte das empresas lançou tablets que
traziam poucas novidades, tentando reproduzir a experiência do
dispositivo da Apple. Não funcionou. O iPad chegou a ter mais de 90% do
mercado. Hoje, tem cerca de dois terços dele.
Segundo a consultoria NPD DisplaySearch, no primeiro trimestre de 2012, a
Apple vendeu 13,6 milhões de unidades do iPad, ou 62,8% do mercado. A
Samsung, segunda colocada no ranking, comercializou 1,6 milhão de
unidades (7,5%).
Na corrida atrás da Apple, a tela, que no iPad tem 9,7 polegadas, é um dos principais campos de testes.
Uma das primeiras a se arriscar foi a Samsung, com quatro tamanhos: 7,
7,7, 8,9 e 10,1 polegadas. "O consumidor é quem vai dizer se prefere um
tablet maior ou menor", diz Roberto Soboll, diretor de produtos de
telecomunicações da Samsung.
A Motorola adotou a mesma linha, com aparelhos de 10,1 e 8,2 polegadas.
No mesmo caminho está a japonesa Toshiba, que lançou, em terras
estrangeiras, o Excite 13, de 13,3 polegadas, um dos maiores do setor.
Outra arma dos fabricantes é criar designs que fujam do visual de
prancheta do iPad. Com duas telas articuláveis por dobradiças e formato
de estojo, o Sony Tablet P é exemplo disso.
"Nossa opção foi entender o consumidor e não só responder com um produto
que já existia", diz Willen Puccinelli, gerente de produto da linha
Vaio da Sony Brasil.
Já a Asus preferiu apostar em teclados como parte da experiência --caso
do Slider, que tem o acessório construído no próprio aparelho.
Os rivais da Apple também tentam inovar nos aplicativos nativos, aqueles
programas que já vêm no aparelho. A Sony oferece games do PlayStation; a
Motorola, apps que focam em música e vídeos; a Positivo, jogos e
publicações em português.
Outro trunfo da maioria dos tablets, que usam sistema operacional
Android, é a integração a serviços do Google. Gmail, Google Reader,
Google Drive etc.: tudo funciona melhor no sistema da gigante das buscas
do que no iPad, que usa o iOS.
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