O técnico em computação Bruno Maciel, 22 anos, gestor de três sites que vendem seguidores |
"Esses meios de comunicação ajudam demais em todos os sentidos. É uma ferramenta para trocar ideias com o eleitor", disse Couto por e-mail, embora tuíte mais sobre a vida pessoal do que sobre sua plataforma política.
O mesmo fez o comediante paulistano Marcelo di Morais, que há três meses pagou R$ 750, parcelados em 12 vezes. Sua conta de 900 seguidores foi para quase 70 mil desde então. Ele a usa para divulgar seu show semanal e uma rede de TV on-line da qual é diretor artístico.
"Tem um movimento bem maior. Eu posto muita besteira, e muita gente cumprimenta, xinga ou retuíta. É uma interação forte", disse Marcelo. "É tudo muito novo, você fica tentando mobilizar pessoas para tentar capitalizar de alguma forma, seja em acessos no meu blog, no meu show ou na TV."
Bruno Maciel opera um serviço de troca e venda de fãs e seguidores desde 2009, no mesmo escritório de um clube náutico em Formiga, no interior de Minas Gerais, onde tem um emprego com computação. O primeiro trabalho, segundo ele, dá mais retorno financeiro.
"Tem muita gente famosa que paga, atores, apresentadores de TV. Tem agência de publicidade que chega com oito ou 15 clientes de uma vez", disse Bruno, que não revela os nomes de seus clientes. "A maioria que paga quer mais divulgação. Dá para trabalhar melhor [divulgar uma marca, por exemplo] com um perfil de 100 mil seguidores do que com um de 300." Em época de eleição, contou ele, a procura aumenta muito.
Bruno disse que cuida do serviço sozinho, já que é tudo automatizado por um programa criado com ajuda de um desenvolvedor estrangeiro. E que tem 600 mil perfis cadastrados no serviço gratuito de seus três endereços.
Quem se cadastra no troca-troca segue também seus cliente pagos, os VIPs, que não costumam passar de 30 perfis por vez. "Caso contrário, o pessoal do serviço gratuito reclama", explicou.
"SERVIÇO COMUNITÁRIO"
Rafael Franco, outro administrador de serviço similar, não gosta do termo "venda de seguidores". "É acesso ao nosso sistema, que é uma comunidade de troca", afirmou ele, cuja conta pessoal do Twitter tem mais de 75 mil seguidores. Ao ser questionado sobre quantas pessoas realmente devem ler seu tuítes, ele respondeu: "Nem 10%".
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