terça-feira, 26 de junho de 2012

Cofundador da Apple critica ação dos EUA no caso Megaupload


Steve Wozniak, guru de tecnologia americano que fundou a Apple junto com Steve Jobs, criticou o governo dos EUA por tirar do ar o site de compartilhamento de arquivos Megaupload e processar seu proprietário, Kim Dotcom.

Imagem do fundador do Megaupload Kim Dotcom (esq.) ao lado do cofundador da Apple, Steve Wozniak
"Você não fecha os correios quando um crime é realizado usando correspondências", disse Wozniak ao site "CNET", publicada nesta segunda (25).
"Governos fantasiam indiciações de 'formação de quadrilha' contra um cara que é um mero técnico operando um serviço de compartilhamento e o acusam de 'violação de correspondência' por, ao invés de deletar arquivos cuja remoção foi solicitada, remover os links para eles."
"Isso é prova de quão mal pensado é a tentativa de extraditá-lo. Os autores [do processo] estão tentando se valer de ambiguidades da lei."
ROLO COMPRESSOR
Wozniak também escreveu que era uma "pena" para o governo americano que Dotcom esteja na Nova Zelândia --país que considera defender mais corretamente os direitos humanos-- e afirmou que a inovação tecnológica pode sofrer com a ação de governos.
"Sou contra a violação de direitos autorais assim como sou contra dirigir acima do limite de velocidade. Mas isso não pode frear o progresso da era digital. Quando você não pode parar algo que anda como um rolo compressor, saia da frente."
Na semana passada, Dotcom publicou uma foto ao lado de Wozniak --além de anunciar que está trabalhando em outro site.
Megabox, site de Dotcom que "está a caminho", segundo ele

"MegaWoz. Um grande apoiador da EFF (Electronic Frontiers Foundation, grupo de liberdade na internet)", tuitou.
O site foi tirado do ar em janeiro. Após passar cerca de um mês preso, Dotcom foi liberado após pagamento de fiança e teve seus bens retornados.
Os EUA processam, além de Dotcom, que é nascido na Alemanha, seis pessoas que trabalhavam no Megaupload por conspiração, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, violação de correspondência e violação criminosa de direitos autorais.
A corte neozelandesa em que corre o caso exigiu neste mês que a polícia federal americana, o FBI, apresente mais evidências para a acusação dos hackers. O processo continua em andamento.


Nenhum comentário: