Foi de um argentino que achei no Fiverr.com, uma rede de serviços genéricos, por R$ 10. Meu perfil, que tinha 931 seguidores, amanheceu com 2.285 (354 a mais do que o prometido pelo vendedor).
Uma olhada de perto nesses novos seguidores revela o óbvio: são praticamente todos falsos, com dois ou três tuítes, às vezes com mensagens sem sentido ou em línguas diversas, como russo e malaio.
Curioso é que, ao tentar me livrar desses mil perfis, mais da metade passou ilesa no teste do twitblock.org, serviço gratuito sugerido pela revista "Wired" para checar "spams" e "fakes". Pegou apenas 447.
Com perfis novos, testei quatro serviços gratuitos de sites do Brasil. Em uma semana, segui mais gente do que fui seguida.
Isso significa uma timeline esquizofrênica, com destaque para mensagens religiosas, garotas entediadas e fanáticos por futebol.
Em um dos sites, comprei 5.000 seguidores por R$ 500 para um amigo escritor. Ele passou a ser seguido por gente como McSabão, cuja descrição do perfil diz "trollador".
McSabão fez só 14 tuítes, todos no mesmo dia, e segue 830 pessoas, indícios de uma conta falsa. "Tem sido uma experiência fantasmagórica", disse o amigo escritor, que antes tinha só 40 seguidores e agora tem 5.483.
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