Um hacker invadiu o correio eletrônico pessoal da presidente Dilma Rousseff e copiou e-mails que ela recebeu durante sua vitoriosa campanha à Presidência da República, no ano passado, revela reportagem de Matheus Leitão e Rubens Valente, publicada na edição desta quinta-feira (30) da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
O rapaz tentou vender os arquivos a políticos de dois partidos de oposição, o DEM e o PSDB, mas disse que não teve sucesso.
A Folha encontrou-se com o hacker na segunda-feira (27), num shopping de Taguatinga (DF), a 20 km de Brasília. Ele não quis se identificar. Disse que se chama "Douglas", está desempregado, mora na cidade e tem 21 anos.
Na semana passada, uma onda de ataques de hackers teve como alvo sites de órgãos do governo federal. Segundo balanço divulgado pelo Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) na terça-feira (28), vinte portais do governo e 200 sites municipais, principalmente de prefeituras, foram atacados.
O mais crítico, segundo afirmou o diretor-presidente da empresa, Marcos Mazoni, foi o ataque ao site da Presidência da República, ocorrido na madrugada de quarta-feira (22).
No dia seguinte ao ataque, o grupo de hackers LulzSecBrazil, responsável pela maioria das ações, postou em sua conta no Twitter um link para um arquivo com supostos dados pessoais de Dilma, como números do CPF e do PIS, data de nascimento, telefones e signos.
"Douglas" afirma que não integra o grupo que realizou estes ataques.
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