A Sony demitiu funcionários de uma unidade responsável pela segurança de sua rede duas semanas antes da grande invasão aos sistemas de dados da companhia por hackers, segundo dados de um processo entregue à Justiça nesta semana.
Além disso, a empresa gastou fortunas para proteger informação corporativa própria, embora tenha falhado em fazer o mesmo com os dados de seus clientes, afirma o documento.
A companhia japonesa está sob fogo cerrado desde abril, quando hackers acessaram informações pessoais de 77 milhões de usuários da plataforma de jogos PlayStation Network e da rede multimídia Qriocity. Do total, 90% das contas eram de clientes na América do Norte e na Europa.
Na época, a Sony informou que dados de cartões de crédito de clientes foram roubados, desencadeando processos judiciais e ofuscando os planos da empresa de combinar conteúdo e hardware por meio da oferta de serviços on-line.
Depois do incidente, a Sony também revelou que hackers haviam roubado dados de mais de 25 milhões de usuários de outra plataforma, a rede de jogos Sony Online Entertainment PC, em 2 de maio.
Em processo entregue à corte de San Diego na segunda-feira (20), um conjunto de clientes da Sony alega que a companhia sabia que estava sob grande risco de ataque de hackers após ter sofrido, anteriormente, outras pequenas invasões.
O texto afirma ainda que a empresa demitiu "um percentual substancial" de sua força de trabalho na Sony Online Entertainment, incluindo "vários" funcionários do centro de operações de redes, divisão responsável pela segurança desses sistemas, atribuindo a afirmação a uma fonte confidencial.
A Sony não retornou os pedidos de comentários feitos na quinta-feira.
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