A Sony acredita ter sido alvo de hackers por ter tentado proteger sua propriedade intelectual, disse o executivo-chefe da empresa, Howard Stringer, em reunião de acionistas na qual ele se esquivou de um pedido para deixar o cargo devido ao incidente.
A Sony está sob pressão desde que hackers acessaram informações pessoais de 77 milhões de usuários da rede PlayStation Network e do serviço Qriocity em abril. Cerca de 90% dos atingidos são dos Estados Unidos ou da Europa.
Ninguém assumiu responsabilidade pelo ataque, mas muitos especularam que ele foi motivado pelos esforços da Sony em reprimir clientes que tentavam modificar seus sistemas.
"Acreditamos que nos tornamos alvo de ataque porque tentamos proteger nossa propriedade intelectual, nosso conteúdo, no caso, videogames", disse Stringer a acionistas na reunião de terça-feira (28), em resposta a uma pergunta sobre o contexto do incidente.
A Sony processou o hacker George Hotz por violação de copyright e por tentar burlar os sistemas de proteção do PlayStation 3. Hotz publicou informações na internet que permitiriam a jogadores rodar aplicativos criados por eles no console.
Stringer não respondeu diretamente quando outro acionista disse que ele deveria deixar o cargo para permitir que a companhia tenha um novo começo após o ataque, citado como a maior violação de segurança da internet no mundo.
Ele também se referiu à crescente lista de outras empresas e organizações que foram hackeadas.
"Acho que vocês veem que o terrorismo pela internet é uma força global e afeta muito mais empresas, não só a Sony", acrescentou.
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