sexta-feira, 24 de junho de 2011

China corta acesso de artista Ai Weiwei ao Twitter, diz agência

O artista e dissidente chinês Ai Weiwei, libertado nesta semana após dois meses de prisão, não poderá viajar, falar com a imprensa ou ter acesso ao Twitter durante ao menos um ano, revelou uma fonte próxima ao caso à agência de notícias Reuters.
"A parte principal são estas duas condições, a mídia e a Internet", disse a fonte.
Ai tem liberdade de movimento em Pequim, mas "antes de sair ele precisa lhes informar seu paradeiro" durante um ano, afirmou a fonte, sem especificar a quem Ai tem de se reportar.
O governo chinês afirmou nesta quinta-feira que o artista e dissidente Ai Weiwei, libertado na quarta (22) após três meses de detenção, não pode deixar Pequim sem permissão durante ao menos um ano.
"O caso de Ai Weiwei segue sob investigação, por isso que sem a permissão das instituições de cumprimento da lei ele não está autorizado a sair de sua casa, e deverá responder as citações judiciais", declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hong Lei.

O artista, que responde por sonegação de impostos e eliminação de provas, deverá ainda se abster de influenciar nas declarações de outras testemunhas ou "destruir evidências".
Contatado pela Agência Efe, o advogado Liu Xiaoyuan, assessor de Ai, indicou que o tipo de detenção do artista, literalmente "obter uma fiança pendente de julgamento", não significa que não pode abandonar seu domicílio ou ter contato com a imprensa.
"Pela lei, pode sair de casa, mas não da cidade na qual está registrado [Pequim] nem do país sem autorização do governo. A situação pode se prolongar por um ano", concluiu o advogado.
Nesta quarta-feira, contudo, o próprio Weiwei disse ao jornal britânico "Guardian" que não poderia fazer mais comentários sobre sua prisão.
"Estou de volta à minha família. Estou muito feliz e bem", disse apenas.
Liu acrescentou que a polícia não mencionou nada sobre a suposta confissão de Ai por crimes financeiros ou evasão de impostos, o que só foi publicado pela agência oficial Xinhua.
ENTENDA O DESAPARECIMENTO DE WEIWEI


 

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