Vinte portais do governo federal e 200 sites municipais, principalmente de prefeituras, foram atacados na última semana pela onda mundial de hackeamentos, segundo estimativa do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) --empresa vinculada ao Ministério da Fazenda e responsável por parte dos sites do governo federal.
O momento crítico foi o ataque ao site da Presidência da República na madrugada de quarta-feira. Na primeira hora da quarta, o site recebeu 2 bilhões de acessos --dez vezes mais do que o normal--, o que fez o Serpro retirar o site do ar por uma hora, explicou o diretor-presidente da empresa, Marcos Mazoni.
Paralelamente, o site da Receita Federal foi atacado, mas não foi necessário tirá-lo do ar, diz Mazoni. Ele explica que os dois ataques da quarta-feira foram apenas de carga, ou seja, muitas tentativas de acesso. Esse ataque é diferente de uma tentativa de entrar na base de dados do governo.
Segundo Mazoni, a base de dados do governo administrada pelo Serpro (como os presentes nos sites da Presidência, Receita e Fazenda) não foi atacada. Dados de pessoas públicas divulgados pelos hackers são conseguidos normalmente em bases públicas, continua ele.
"Nenhum dos dados saíram das nossas bases, elas continuam íntegras." Houve apenas uma tentativa de pichação --quando troca-se o texto original do site por alguma mensagem ou desenho-- no site da Presidência, mas sem sucesso.
Mazoni diz que os hackers continuam tentando atacar os portais públicos com uma frequência duas vezes maior que o normal. Os registros identificados nos ataques estão sob investigação da Polícia Federal e da Abin, ainda segundo o Serpro.
"Sem dúvida temos uma situação de crime, porque imputou prejuízo ao Estado", afirma Mazoni.
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