A Polícia Federal começou a investigar a série de ataques de hackers a sites do governo nos últimos dias. Após o ataque aos sites da Presidência, do Senado, da Receita Federal e da Petrobras, os hackers derrubaram na madrugada desta sexta-feira a página na internet do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que segue fora do ar.
Segundo informações da Polícia Federal, as investigações já estão em curso.
O site do Ministério da Cultura também apresentou instabilidade na manhã de hoje, em decorrência da sobrecarga de acessos por um único usuário.
A equipe de infraestrutura do ministério trabalha com a possibilidade de que o site tenha sido alvo de hackers, mas não confirma o caso como um novo ataque.
Após detectar e neutralizar a ameaça, o site voltou a funcionar normalmente. No ataque ao site do IBGE, os hackers deixaram uma mensagem em que se denominam como um grupo nacionalista, "que deseja fazer do Brasil um país melhor".
O Fail Shell, nome do grupo que derrubou o site do IBGE, promete ainda realizar neste mês o maior ataque a sites do governo da história.
O LulzSecBrazil, outro grupo hacker que vem promovendo ataques e invasões a sistemas e sites ligados ao governo, divulgou na manhã de hoje um arquivo que teria sido retirado de computadores da Petrobras com dados pessoais de funcionários da empresa.
A Folha entrou em contato com um destes funcionários e confirmou a veracidade das informações, que incluía número de CPF, função exercida na Petrobrás e dados bancários.
Em nota, a empresa diz que as informações não foram obtidas por hackers via internet na rede da empresa, mas diz que está investigando a origem das informações. "A Petrobras assegura que sua rede não foi invadida e que não houve qualquer alteração de conteúdo ou violação de informação", diz a nota da empresa.
Na quinta-feira, o grupo já havia postado em sua conta no Twitter um link para um arquivo com supostos dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Muitas dessas informações são públicas e constam, por exemplo, da prestação de contas dos mandatários durante as campanhas eleitorais.
As informações relativas a Dilma a vinculam à Petrobras, o que poderia sugerir que as informações foram coletadas quando ela fazia parte do Conselho de Administração da empresa, do qual saiu no início do ano passado, antes do lançamento de sua campanha à Presidência.
Desde a madrugada de quarta-feira (22) o grupo de hackers tem sido responsabilizado por uma série de ataques a sites governamentais, fazendo com que alguns deles ficassem fora do ar por algumas horas.
O próprio site da Petrobras esteve entre os alvos do grupo. Um suposto ataque de hackers tirou o site do ar na tarde desta quarta-feira. A queda foi reivindicada pelo grupo chamado LulzSecBrazil no Twitter, com mensagens como "Acorda Brasil! Nao queremos mais comprar combustivel a R$2.75 a R$2.98 e expotar a menos da metade do preco! ACORDA DILMA!".
A empresa informou, por meio de nota, que "o site recebeu alto volume de acessos simultâneos" e "o congestionamento momentâneo do servidor não causou nenhuma alteração de conteúdo ou dano de informações disponíveis".
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