Trava-se no mundo on-line um duelo de titãs. De um lado, o crescimento
vertiginoso do Facebook. Do outro, uma leva de cibercriminosos focados
em tirar proveito dos usuários da rede.
Mark Zuckerberg, o jovem chefão do Facebook, ganhou inimigos como um
californiano de 23 anos que, segundo a Panda Security, usou a rede
social para obter informações, violar contas de e-mail e chantagear
usuários.
Cerca de 20% dos usuários do Facebook tiveram links maliciosos
publicados em seu Mural, segundo levantamento da BitDefender publicado
no final de 2010. Isso inclui desde um simples spam até links que ajudam
o pirata da rede a tomar posse da conta do usuário.
No último fim de semana, por exemplo, os brasileiros viram em profusão
um link malicioso entre seus contatos. Um aplicativo prometia mostrar
aos usuários quem havia visitado o seu perfil. Ao autorizar o acesso do
programa aos seus dados, o usuário tinha publicada em seu mural uma
foto, com alguns de seus amigos marcados, que ajudava a espalhar ainda
mais o programa.
Esse tipo de assunto cotidiano, que explora a curiosidade e a vaidade, é
frequentemente usado nos ataques. Dados da BitDefender mostram que um
ataque semelhante ao do último fim de semana já chegou a gerar mais de
1,4 milhão de cliques.
Apesar do número de ameaças, o tempo de resposta aos ataques tem deixado
Zuckerberg à frente nessa briga, segundo Sean Browning, diretor da
Webtrends, que analisa o mercado da internet.
"Uma coisa que tanto Facebook quanto Google mostraram é uma resposta
rápida a cada problema de segurança ou privacidade. Enquanto eles
continuarem assim, o progresso e a expansão devem continuar", diz.
A expansão parece mesmo estar a todo vapor para o Facebook. No Brasil, a
rede aumentou seu alcance. Em janeiro de 2011, sua penetração entre
internautas brasileiros era 47% --um ano antes, a fatia do Facebook era
de 21,9%, segundo o Ibope Nielsen.
Apesar disso, o Orkut segue na liderança, presente na vida de 70% dos
usuários de internet no Brasil --uma queda em relação a janeiro de 2010,
quando atraía 74% dos internautas brasileiros, também de acordo com
dados do Ibope.
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