entro das expectativas do mercado, a Apple lançou oficialmente o iPad
2 na tarde desta quarta-feira (2), trazendo ao palco de San Francisco o
executivo-chefe da companhia, Steve Jobs, atualmente afastado por
motivos de saúde.
O aparelho traz melhorias no hardware: tem 8,8 mm (é mais fino do que o
iPhone 4), possui câmeras frontal e traseira, além de chip de dois
núcleos A5, cuja velocidade é duas vezes maior que o anterior, além de
ser nove vezes mais rápido no desempenho gráfico. O iPad 2 pesa pouco
mais de 500 g e terá o novo sistema operacional iOS 4.3.
O novo tablet também terá capacidade de exibição de vídeos em alta
definição (1080p). Para ter isso no dispositivo, o usuário deve adquirir
um acessório para adaptar o iPad 2 no padrão HDMI.
Quem esperava uma resolução de tela melhor, no entanto, se decepcionou:
1.024 x 768 pixels, a mesma do modelo antecessor. A possível melhoria
era uma das apostas do mercado, paralelamente ao lançamento da Retina
Display, função que melhora olimpicamente a resolução do iPhone 4.
Já há especificações sobre o produto na loja virtual da Apple, cujo endereço é www.apple.com/ipad. O lançamento ocorre no dia 11 de março, nos Estados Unidos.
Os preços se mantêm os mesmos que o do modelo antecessor: de US$ 499 a
US$ 829, dependendo do modelo optado (se com 3G e/ou Wi-Fi e da
capacidade de armazenamento, que varia entre 8 Gbytes e 64 Gbytes). O
iPad 2 está disponível nas cores branca e preta.
Jobs estava magro, abatido e com voz fraca. Ainda assim, conduziu a apresentação da companhia por mais de 40 minutos.
A companhia também apresentou novas capas em cinco novas cores para
iPad. Em plástico poliuretano ou em couro, elas variam entre US$ 39 e
US$ 69.
ALFINETADAS
Tão clássico quanto o jeans, tênis e a camisa preta com gola rulê, Jobs
não pôde deixar de achincalhar a concorrência --corroborando as farpas
com números.
Segundo ele, 65 mil aplicativos foram desenvolvidos para o iPad --o
Android, sistema operacional do Google para tablets PC, tem quase cem.
De abril a dezembro de 2010, a Apple vendeu 15 milhões de iPads --uma
receita de US$ 9,5 bilhões. "Mais do que qualquer tablet PC jamais
vendeu", ironizou, afirmando ainda que a companhia detém mais de 90% do
mercado de tablets.
E continuou --dessa vez, pondo em dúvida especificamente o primeiro
concorrente direto do iPad, o Samsung Galaxy Tab, cujas vendas teriam
chegado a 2 milhões.
Como não poderia deixar de ser, a companhia apelou para o marketing de sentimentalismo, já tradicional nas propagandas da Apple.
Durante um vídeo institucional, demonstrou que o iPad ajudou escolas,
hospitais --e crianças com autismo, a partir do depoimento de uma mãe
emocionada. No mês passado, a companhia revelou por intermédio de um relatório que ao menos 91 crianças foram encontradas trabalhando em fábricas de fornecedores.
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