Onde existem informações que podem render dinheiro, existem pessoas
criando os mais diversos truques para roubá-las. Isso também vale no
mundo dos computadores e dos smartphones, onde a criatividade dos
cibercriminosos só cresce.
"Os primeiros vírus para celular tinham o intuito de dificultar o
funcionamento do aparelho, mas, nos últimos anos, registramos ameaças
para fins de roubo. Tanto para roubar dados quanto para causar prejuízos
financeiros", diz Fábio Assolini, da Kaspersky.
Assolini destaca que o download de aplicativos de ordem duvidosa é um
dos grandes problemas da segurança móvel no Brasil. "No meio do programa
baixado, pode vir um 'presentinho'."
Bruno Rossini, da Symantec, lembra também das ameaças mais simples, como
os spams que chegam por SMS e dos sites para aparelhos móveis que podem
tornar o usuário uma vítima.
E nenhuma plataforma está a salvo. José Matias Neto, da McAfee, ressalta
que todos os sistemas estão vulneráveis aos ataques, mas são mais
explorados os que são mais usados. No Brasil, Symbian e Windows Mobile
correm mais risco.
Para prevenir os ataques, não existem práticas de segurança definitivas,
mas alguns tipos de comportamento e programas podem deixar o usuário
menos vulnerável.
Os especialistas consultados pela Folha recomendam que você tome
cuidado com os aplicativos que baixa. Também é importante manter a
conexão Bluetooth desligada, já que alguns vírus móveis usam o canal
para ser transmitidos de um aparelho para o outro.
Outra dica é instalar um programa de antivírus no aparelho. Geralmente,
esses tipos de programa também trazem outras funções úteis. Alguns deles
permitem fazer backup dos dados do aparelho e rastrear o smartphone em
caso de roubo ou perda.
Também é importante travar o aparelho com uma senha, principalmente se o usuário carrega nele informações confidenciais.
Ao visitar redes sociais, é recomendável não deixar a senha armazenada nos aplicativos.
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