"Um tipo diferente de telefone." Apesar de insosso, o slogan do Windows
Phone 7 é preciso: a Microsoft conseguiu desenvolver uma plataforma que
exala frescor e originalidade, ainda que quase meia década depois da
concorrência.
A Folha testou o Surround, da HTC, integrante da primeira fornada de celulares com o novo sistema.
Longe de ser derivativo, o Windows Phone 7 tem uma interface autêntica e
intuitiva. Os elementos visuais mais marcantes são as grandes etiquetas
de texto com bela tipografia, as imagens de fundo e os tiles (azulejos,
em inglês) da tela inicial.
Os tiles servem para abrir programas e para exibir informações úteis
relacionadas a um aplicativo, como o número de e-mails não lidos e a
temperatura atual.
Talvez para manter a elegância, mas com prejuízo para a usabilidade, a
Microsoft optou por não deixar sempre expostas na tela informações
cruciais, como o horário atual e a porcentagem restante da bateria.
A resposta ao toque na tela é ótima e a operação é rápida.
O sistema também adere ao mote contemporâneo da "integração com as redes sociais" -felizmente, de maneira eficaz.
O People Hub (hub de pessoas) reúne, além de informações sobre os seus
contatos, atualizações postadas por eles em redes sociais.
Já o Pictures Hub (hub de fotos) coloca lado a lado as imagens que você
registra com a câmera do celular e aquelas que seus contatos
compartilham no Facebook, no Flickr e no Picasa.
Um drama inevitável de qualquer plataforma incipiente é a falta de aplicativos.
Mas o Windows Phone 7 já nasce com uma boa carta de games, como Need for
Speed Undercover, e com bons programas das redes sociais mais badaladas
(Facebook, Twitter, Foursquare).
Algumas omissões, porém, são imperdoáveis: não é possível copiar e colar
texto, o sistema não é multitarefa e, pasmem, não dá para personalizar o
toque do celular. A Microsoft promete sanar essas deficiências em breve
com pequenas atualizações.
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