A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) adiou a discussão sobre a
criação de um novo código para os celulares em São Paulo. O presidente
da agência, Ronaldo Sardenberg, pediu hoje vista do processo para
avaliar o argumento das operadores de que a solução de mais curto prazo é
criar o prefixo 10, o que faria São Paulo conviver com dois DDDs, como
ocorre em cidades como Nova York.
A Folha apurou que há dúvidas entre os conselheiros sobre se a
melhor solução não seria a de incluir um dígito a mais nos celulares de
todo o país. As operadoras, porém, dizem que levaria dois anos para
operacionalizar essa mudança. O problema é que a previsão é que até o
final do ano não haverá mais números de celular em São Paulo disponível
para venda devido ao aumento da demanda. Ou seja, a Anatel seria
responsabilizada pelo apagão.
Sardenberg quer uma posição dos técnicos da agência sobre se o prazo de
implementação é mesmo de dois anos. Ele se comprometeu a não demorar na
devolução do processo para discussão.
A implementação de um novo código dobra os números disponíveis em São
Paulo, que passariam a ser de 74 milhões, ou 3,5 por habitante,
suficiente para acompanhar a expansão até 2025. O prefixo 11 é usado
hoje por 35 milhões de pessoas, sendo que a disponibilidade é de 37
milhões.
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