Nas lojas dos EUA desde o início do mês, o Windows Phone 7, novo sistema
 operacional para smartphones da Microsoft, já conseguiu uma proeza: 
colocar novamente no mapa da telefonia móvel a empresa de Bill Gates.
As experiências anteriores da companhia no setor a deixaram com uma 
fatia mínima de consumidores (cerca de 10% até a metade deste ano, 
segundo a comScore). E o pior: levaram a fama de produtos complicados e 
pouco amistosos para o usuário.
A solução foi começar do zero. Ou quase isso. A Microsoft se baseou no 
Zune HD, seu tocador de MP3, para criar um sistema operacional novo, com
 design chamativo e convidativo ao uso.
Os elogios para a nova cara do programa pipocaram em blogs 
especializados e em colunas de veteranos do mundo tecnológico, como Walt
 Mossberg, do "Wall Street Journal".
Foram vistas também com bons olhos as integrações do sistema com o 
Office, o serviço de música do Zune e a rede de games Xbox Live.
Em seu primeiro dia nas lojas, os dez celulares com o WP7 venderam 
juntos cerca de 40 mil unidades, segundo o site TheStreet. Parece pouco 
(o iPhone 4 vendeu cerca de 1,7 milhão de unidades em seu primeiro fim 
de semana), mas, diz o analista da Nielsen Roger Entner, ainda é cedo 
para qualquer análise.
AINDA ATRÁS
O WP7 carrega o número sete, mas essa se trata apenas da primeira geração do sistema operacional.
Por isso, apesar do visual, o WP7 está atrás da concorrência em vários 
quesitos. Apple e Google já contornaram alguns desses problemas em 
versões anteriores do iOS e do Android.
O WP7, por exemplo, não faz criptografia das informações no aparelho, o 
que torna quase proibitivo seu uso em ambientes corporativos.
Com isso, apesar de ter dado novo fôlego à Microsoft, o WP7 precisará de
 um ritmo de atualizações forte, como o Google fez com o Android. Do 
contrário, esse poderá ter sido apenas o suspiro da morte da companhia 
no setor.
NO BRASIL
Não há data para a chegada do WP7 ao país. A única certeza é que ela 
ocorrerá somente em 2011, pois a Microsoft negocia com operadoras e 
fabricantes de celular.
Junto com o WP7 também deve haver o lançamento nacional do Marketplace, a
 loja de aplicativos da Microsoft -eles poderiam, portanto, ser 
comprados em reais. Quem diz isso é Celso Winik, gerente da área de 
mobilidade da Microsoft Brasil.
Segundo ele, o plano da empresa é que os usuários possam pagar seus 
aplicativos junto com a conta de celular. Já o serviço de assinatura da 
rede do Zune, no entanto, não deverá chegar oficialmente ao país 
-situação semelhante à do iTunes.
SOBREVIVENTE
O Windows Mobile 6.5, antecessor do Windows Phone 7, continuará a ser 
vendido e a ter suporte no país. "Existe 1,7 milhão de equipamentos com 
Windows Mobile no Brasil, mais do que iPhone, BlackBerry e Android 
juntos. Dado isso, é um bom negócio e nós vamos investir", diz Celso 
Winik.
 

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