O número de cubanos ligados à intranet controlada pelo Estado saltou mais de 40% em 2011, em comparação com o ano anterior, e o uso de telefone celular subiu 30%, informou o governo. A população de Cuba, no entanto, permanece excluída do acesso ilimitado à internet.
O governo cubano monopoliza as comunicações e controla a economia. Não há banda larga de internet e os relativamente poucos usuários da internet sofrem com longas esperas para abrir um email ou ver uma foto ou um vídeo, o que também prejudica o governo e as operações empresariais.
O Gabinete Nacional de Estatísticas informou que o número de usuários de internet chegou a 2,6 milhões no ano passado, em comparação com 1,8 milhão em 2010, embora quase todos provavelmente entravam na intranet local em clubes de informática, escolas e escritórios do governo.
Cuba registra o uso de intranet como uso de internet, embora o acesso à rede mundial sem a permissão do governo seja proibido.
O número de usuários de telefones celulares aumentou de 1 milhão em 2010 para 1,3 milhão em 2011, informou o governo. Os cubanos não têm acesso à internet em seus celulares. Cuba tem 11,2 milhões de habitantes.
O uso do celular cresce a passos largos desde 2008, quando o governo passou a permitir que os cubanos comprassem esses telefones. No primeiro ano, havia 330 mil usuários.
Os celulares estão disponíveis apenas em uma moeda local atrelada ao dólar e o envio até mesmo de uma mensagem no Twitter de um celular pode custar mais do que o salário médio diário de muitos cubanos.
Havia 783 mil computadores pessoais no país, ou 70 em cada mil moradores, embora cerca de 50% desses estivessem nas mãos do Estado.
Durante um tour recente por Cuba, feito por um repórter da Reuters, nenhum usuário de Internet foi encontrado. Algumas pessoas, no entanto, disseram que às vezes acessam a rede usando senhas do mercado negro ou hotéis.
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