Com fundos da União Europeia (UE), uma equipe de cientistas e cirurgiões
europeus desenvolveu um "fígado virtual" para ajudar a planejar melhor
as operações para retirada de tumores, o qual também poderá aumentar as
probabilidades de recuperação dos pacientes.
Intitulado PASSPORT (Simulação específica de pacientes e formação
pré-operatória realista), o projeto foi desenvolvido para auxiliar os
cirurgiões com um serviço que os ajudam a decidir se devem ou não operar
um paciente, informou nesta quinta-feira a Comissão Europeia (CE).
Com o uso do "fígado virtual", os cirurgiões poderão ver exatamente onde
se encontra o tumor no paciente e, principalmente, como deverão
intervir para extirpá-lo com sucesso.
Segundo a Comissão Europeia, menos de 50% dos pacientes afetados são
submetidos a uma operação cirúrgica, um índice considerado baixo. No
entanto, essa porcentagem poderia aumentar com a chegada do "fígado
virtual".
Neelie Kroes, vice-presidente da Comissão Europeia e comissária europeia
da Agenda Digital, afirmou que a tecnologia desenvolvida pelo projeto
PASSPORT "é um marco que melhorará o diagnóstico, as intervenções
cirúrgicas e permitirá salvar vidas".
O projeto, que começou em junho de 2008 e foi concluído somente no
último mês de dezembro, teve um custo total de 5,5 milhões de euros, dos
quais 3,6 milhões vieram de fundos da UE.
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